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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Nossa posição sobre os “presos políticos”




“ manifestar solidariedade às vítimas de perseguições políticas.”
(Estatuto aprovado na VI Conferência do PCdoB, 1966)


Prisão política parece algo tão distante no Brasil... Mas não é. Assim como permanece a tortura, prisões arbitrárias, a truculência policial e o estado burocrático-burguês, a prisão política existe sim no Brasil é não é de hoje. Sim, tudo isso parece coisa dos anos 70, mas permanece, porém, a mídia está mais preocupada em mascarar a falência política e moral do país, publicando apenas matérias de tragédias pessoais, classe média assaltada pelos marginais que o próprio Estado faz questão de criar.

As grandes jornadas de lutas, assim como as prisões políticas e prisões arbitrárias já vinham sendo desmascaradas há anos pela mídia popular, porém, não tinham cobertura da mídia burguesa, que estava mais preocupada em tentar descobrir o “por que” de tanta violência no Brasil.

Nestes últimos dias temos acompanhado casos de vários presos políticos e prisões arbitrárias, seja nas jornadas de luta dos professores no Rio de Janeiro e São Paulo, e por último na luta de resistência camponesa em Rio Pardo, no estado de Rondônia, onde a polícia e a Força Nacional de Segurança (a SS brasileira), a serviço do governo federal e do governo local aliado ao PT querem desalojar centenas de famílias de camponeses da região. Esta é a truculência policial a serviço do governo “progressista” do PT-PMDB.

Os presos políticos são aqueles que lutam pela soberania do país, que não sem rendem na luta, que estão prontos para derramar a última gota de sangue pelo povo sofrido, são os justiceiros, os que fazem jus à cor vermelha da bandeira revolucionária. Não são trapaceiros que abandonaram a luta popular pela vida de conforto em um governo semi-feudal.

Que grande barulho a mídia fez em torno do caso do mensalão! Como se este fosse o único e maior esquema corrupto da história do nosso país... Ainda que o “mensalão” seja um esquema milionário de saque aos cofres públicos, é só uma parte do enorme monte de dinheiro já roubado no país pelos políticos corruptos, de várias épocas e partidos. Ainda que a condenação destes sujeitos tenha levado uns 10 anos para ocorrer, ainda que os mais de 50 milhões do esquema “mensalão” sejam apenas uma fração dos bilhões já roubados por outros partidos, a mídia trata de dizer que “finalmente está havendo punição exemplar para políticos corruptos”, os condenados já estão tendo suas penas aliviadas, do regime de reclusão já passaram para o semi-aberto, e tal... Quer dizer, não há pena exemplar para quem rouba o dinheiro suado dos “filhos desta pátria-mãe gentil”.

A militância ou melhor, a turba de trotskistas e social-democratas do PT trata de dizer que José Dirceu e José Genoíno são “injustiçados”, e tentam pescar “lá no fundo do baú”, a história deles, a de que José Genoíno fez parte das Forças Guerrilheiras do Araguaia, e que Dirceu fez parte do MR-8, dizem que eram “lutadores da liberdade no Brasil”. O que não mostram é que ambos são revolucionários arrependidos, além da suspeita de ter revelado informações aos militares fascistas em 1972, Genoíno desligou-se do PCdoB em 1979 ao aderir à uma facção revisionista que logo em seguida se converteu em ala trotskista do PT, a mesma coisa com José Dirceu, que exilou-se em Cuba.

Muita gente diz que o PT mudou de lado ao longo dos anos 90. Na verdade este partido nunca mudou de lado. Apesar de ter reunido grandes massas de trabalhadores no final dos anos 70 e começo dos anos 80, já que havia um momento propício para a rebelião popular, não havia nenhuma organização capaz de mobilizar as massas para uma luta avançada, pois o PCR havia sido integrado ao MR-8, o PCdoB em 1977 abandonou o maoísmo e passou a trilhar o caminho revisionista, desistindo e manifestava ilusões eleitoreiras desde 1974-75, aderiu ao hoxhaísmo e tratou de amigar-se com o PT, de modo que o PCdoB sob a batuta de João Amazonas, e os irmãos Rebelo tornou-se nesta abominação que se encontra atualmente no circo eleitoreiro.

A Ala Vermelha enfraquecida também aderiu ao PT e desapareceu na metade dos anos 80, assim, a influência dos trotskistas, social-democratas e foquistas arrependidos. Muito mais do que ganhar a bênção do governo militar decadente da época, também tiveram a bendição do líder sindical polonês Lech Walesa.

O plano do PT, desde que surgiu nos anos 70, nunca foi de transformar o Brasil de forma radical, sua vontade nunca foi a de colocar seus líderes para servir ao povo, mas desde sempre, sua vontade foi a de barganhar cargos dentro do governo, sua vontade sempre foi a de “lutar de forma confortável”, dentro de gabinetes com poltronas confortáveis e ar-condicionado, assim, seu uniforme deveria ser a gandola de brim, e não o paletó modelo Oxford.

Com o passar do tempo a linha oportunista e eleitoreira do PT foi ganhando força, iludindo um e outro ali, aliando-se com partidos da direita aqui, e pronto, temos um governo federal tão corrupto, truculento, idiota e vende-pátria quanto o governo de Fernando Henrique Cardoso.

A turba do PT tenta divulgar na internet e na mídia os “avanços dos 10 anos do bolsa família”, os “avanços do pré-sal”, e tudo mais, tentando santificar a imagem de um partido tão degenerado quanto qualquer outro do círculo eleitoral do Brasil. Também tentam nas redes sociais divulgar imagens dizendo “se o PT rouba X, o PSDB rouba XXX”, sim, roubam tanto quanto o PT. Dizem que a extinção do PSDB seria o fim de todas as mazelas do Brasil... Coitado de quem acredita nas manobras políticas do PT vs PSDB.

Mantemos firme a forte a linha desenvolvida por Stalin, de que a social-democracia não é um instrumento de utilidade às massas, senão, instrumento do capital, utilizado para amenizar e frear as lutas de classe, visando conciliar patrão e empregado (mesmo que o empregado seja prejudicado nesta “conciliação”), apelando para um nacionalismo burguês, e o uso da truculência contra as manifestações populares.

Estes não são presos políticos

Estes sim SÃO verdadeiros presos políticos
Portanto, não nos comove em nada a pose de duas autoridades da política burguesa do Brasil fazendo a saudação com o punho fechado. A saudação com o punho fechado é válida aos lutadores autênticos, aos revolucionários autênticos, e não por senhores de gabinetes que passaram mais de 30 anos servindo ao revisionismo e a destruição da luta de classes no Brasil.

VIVA A AUTÊNTICA LUTA POPULAR!

ABAIXO AO TROTSKISMO E A SOCIAL-DEMOCRACIA!

VIVA AO MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO!

LIBERDADE AOS PRESOS POLÍTICOS!  



Sobre a execução de jovens curdos e balúchis no Irã


18 de Novembro de 2013. Documento publicado no site do Partido Comunista do Irã (Marxista-Leninista-Maoísta), fala sobre a execução de jovens militantes curdos e balúchis por parte do governo fascista e teocrático do Irã.

Habibullah Golparipour, um jovem ativista curdo que estava na prisão de uma república islâmica por três anos, foi executado em 23 de outubro de 2013 em 2013 in Orumieh, nordeste do Irã, ele perdeu sua vida preciosa. Acusado de atividades anti-regime e conexões com grupos anti-regime, ele estava na prisão desde outubro de 2009, durante o levante que irrompeu depois da eleição presidencial. Ele resistiu às difíceis condições que os mercenários do regime criaram aos prisioneiros, incluindo intensas torturas e os longos períodos em isolamento. Mas ele não se deu às brutalidades do regime.

Ao mesmo tempo, foi noticiado que 16 prisioneiros políticos balúchis foram executados em 26 de outubro em represália a morte de 18 mercenários do regime em Saravan (uma cidade da província de Sistão-Baluchistão, no Irã, próxima da fronteira entre Paquistão e Afeganistão). Assim, este não é o primeiro crime do regime e nem será o último. O Irã é uma prisão de nações. A opressão nacional é o maior pilar deste regime e testemunharemos tal crime ao vermos as classes exploradoras que estão no poder. Há uma longa lista de jovens nas províncias do Curdistão, Baluchistão e Cuzestão esperando para serem executados, e o menor sinal de rebelião nestas regiões serão encobertos.

Seguido do incidente de Saravan, Hassan Rouhani, novo presidente do Irã, também chamado de campeão da “heróica flexibilidade”, nomeou o ministro do interior para formar uma comissão especial em cooperação com as forças de segurança para confrontar “rebeldes”. Além do mais, o fiscal-geral de Zahedan (a capital da província do Sistão-Baluchistão) justificou as execuções dizendo “Nós advertimos poderíamos retaliar!” [Repórteres da BBC não evidenciaram que algum dos executados tivesse alguma conexão com a morte dos guardas da fronteira.]

Enquanto o regime islâmico continua a mostrar a “heróica flexibilidade” com o Oeste, também está aumentando o passo em seus crimes de opressão, incluindo execuções de jovens, e a pobreza do povo que está se tornando intensa. Esta é a reação interna do regime perante a crise do meio-oeste. Não há dúvidas que estes atos criminosos são indicações da ruptura bancária, falência de um regime totalmente apodrecido que espera estender sua vida desgostosa um pouco mais.

A luta das nações oprimidas contra a opressão nacional mais uma vez vai demonstrar que o regime islâmico vai colher aquilo que semeou.

Os agressivos e brutais planos do regime não poderão e nem serão admitidos. Convocamos todos os trabalhadores, estudantes, mulheres, e jovens para converterem as cerimônias memoriais para Habibullah Golparipour e outros mártires para expor os crimes do regime. Esta luta será voltada para uma efervescente cena política. É com uma verdadeira revolução independente dos imperialistas e reacionários que poderemos dar a resposta que estes crimes merecem. Os planos agressivos do regime islâmico mais do que nunca podem apresentar os sinais de sua fragilidade. Eles carregam os sinais dos eventos do terremoto e as batalhas sangrentas que estão no caminho, batalhas que serão colocadas na agenda da violência revolucionária para acertar as contas com os reacionários islâmicos e derrubar seu sistema de estado, com o objetivo para uma sociedade sem opressão e exploração.

Abaixo à República Islâmica do Irã!
Viva aos direitos de autodeterminação para as nações oprimidas!
Viva a revolução! Viva o comunismo!




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

VIVA MARIGHELLA!


Grafite em SP homenageando Marighella

Há exatos quarenta e quatro anos morria um dos maiores revolucionários deste país: Carlos Marighella.

Desde jovem Marighella era um comunista combatente. Aderiu ao Partido Comunista do Brasil nos anos 30. Preso em 1936, pouco tempo depois do levante popular de 1935, Marighella foi duramente torturado nos cárceres do governo nazi-fascista de Getúlio Vargas, resistindo bravamente, sendo solto em 1937, e tornando a ser preso em 1939, sendo solto em 1945. Depois disso tornou-se membro do Comitê Central do PCB.

Entre outros trabalhos dentro do PCB, também se destaca o fato de ter dirigido a Revista Problemas de 1947 a 1948. 
Em meados da década de 50 esteve na China onde conheceu a Nova Democracia em aplicação na recém-estabelecida Republica Popular.

Também representou o PCB durante o XX Congresso do PCUS em 1956, e retornou chorando ao Brasil depois de ter ouvido as acusações contra Stalin, feitas por Kruschov e seus seguidores.

Apesar de Marighella não ter aderido na reconstrução do PC no Brasil em 1962, aderiu à linha cubana, na época uma linha centrista, que visava conciliar a luta armada foquista com o pacifismo soviético. Porém, foi nos anos 60 que a linha de Marighella começou a tornar-se mais clara, e finalmente em 1966, rompeu com o PCB de Prestes e formou a ALN (Aliança Libertadora Nacional), uma guerrilha urbana, que ficou famosa pela atuação em conjunto com o MR-8 no seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick em 1969.

Xerox da capa da revista Veja de 1969
Assim, Marighella tornou-se o “terrorista” mais procurado de todo o país.

Além da atuação maravilhosa na guerrilha urbana, Marighella também traduziu obras de Che Guevara como “A guerra de guerrilhas”, e foi o autor do célebre livro: Manual do Guerrilheiro Urbano. Uma boa obra para quem quer se aprofundar no modo de operar uma guerrilha urbana.

Mesmo Carlos Marighella tendo uma visão foquista, ele reconheceu a necessidade da luta armada como meio de libertação dos povos oprimidos. O que muita gente distorce, é que a ação guerrilheira atualmente deve-se limitar somente às zonas urbanas. Marighella, que viveu numa época onde a população urbana superou a população rural, deixou claro em seu manual que a revolução deve começar no campo, sendo a guerrilha urbana um complemento da guerrilha rural.

Infelizmente em 4 de Novembro de 1969, Marighella morreu em uma emboscada armada pela polícia fascista em São Paulo. Marighella deixou de viver no mundo e eternizou-se na história de lutas deste país.

Por isso, dizemos em alto e bom tom:

HONRA E GLÓRIA A CARLOS MARIGHELLA!


VIVA A LUTA ARMADA! VIVA A REVOLUÇÃO!