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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O esquadrão da democracia

Recorte do jornal A Classe Operária de 1970

Em 1970, o antigo jornal combativo A Classe Operária publicava uma matéria sobre o Esquadrão da Morte e sua função para a ditadura militar. Aparentemente, grupos de extrema-direita como o CCC e o Esquadrão desapareceram, “são coisas do tempo da ditadura e não encontram mais espaço no nosso meio democrático”, assim a mídia busca retratar, tentando varrer o banditismo policial para debaixo do tapete, justificando suas ações truculentas como um meio de “auto-defesa” contra “marginais” e “subversivos”.

Desde os tempos de Emílio Garrastazu Médici, negava-se a existência ou a atuação destes grupos reacionários, por muito tempo seguiu-se assim, mesmo com a conivência da mídia burguesa, e com o respaldo do governo.

A própria mídia burguesa chegou a declarar nos últimos anos que o Esquadrão da Morte há muito estava extinto, ficando apenas como uma triste lembrança dos “anos de chumbo”.

Acontece que este grupo reacionário continua a operar respaldado pelo governo, e outros grupos continuam a surgir na forma de “milícias”. O site Wikipédia ainda faz menção sobre a atuação do Esquadrão da Morte no estado do Espírito Santo. É claro que há diversas “milícias”, ou melhor, bandos de policiais respaldados pelos oficiais, políticos e toda a ralé que suga o dinheiro público. Apesar da grande variedade de bandos armados formados por policiais corruptos, a sua semelhança com o esquadrão da morte é a mesma, e sua utilidade para o velho poder também é a mesma, desde os tempos da ditadura até o presente período da democracia feita por cassetetes e leis idiotas.

O método violento com que os grupos de extermínio criados pela polícia agem, são reflexo em plenas zonas urbanas dos remanescentes do feudalismo, além da formação de bandos criminosos, que também é outro reflexo do semi-feudalismo a qual o nosso povo está submetido há mais de 500 anos.

As forças de repressão continuam a fazer alusão aos métodos truculentos da ditadura militar. Para a PM de SP, o golpe de 1964 foi “uma revolução” na qual “o povo solidarizou-se”. Entenda-se que os remanescentes da ditadura vão muito além de odes dos policiais e métodos agressivos. Existe um batalhão de operações especiais conhecido como BOPE, conhecido mesmo pela sua ação truculenta para com os negros e pobres, tendo virado assunto em dois filmes, “Tropa de Elite I" e o "II”. Pois bem, o símbolo do velho esquadrão da morte era uma caveira, conhecida como “Scuderie Le Cocq”, em homenagem ao detetive Le Cocq, morto por traficantes na década de 60. O símbolo do BOPE continua a ser uma caveira parecida com a do esquadrão da morte, com uma diferença mínima: ao invés de ossos cruzados, são duas garruchas que estão atrás e uma faca cravada no crânio. Para quem é brasileiro ou mesmo para os camaradas de outros países, sabe-se que a democracia burguesa é tão mansa e amável igual um demônio furioso.



O velho esquadrão e suas crias continuam a subsistir no atual governo. Governo este tão aplaudido pela corja de revisionistas do PCdoB e outros revolucionários arrependidos que se integraram ao PT, e ao PDT. O atual jornal A Classe Operária (que hoje em dia não passa de um folhetim de bajulação ao governo fascista do PT) esconde a ação repressiva das "forças democráticas", ao mesmo tempo em que o atual "Programa Socialista para o Brasil" do PCdoB (entenda-se Programa Capitalista para o Brasil) declara abertamente seu apoio às forças armadas enquanto estas "estiverem em defesa da democracia". Ora camaradas, sabemos o quão "democrático" é o exército tanto para com os civis como para os militares de baixa patente. Também sabe-se do lado “democrático” dos militares que ainda insistem em desfilar no dia 31 de abril para comemorar o golpe de 1964. Democrática também é a intervenção no Haiti, e a caça aos camaradas do Peru, que a esse momento estão a verter sangue e suor na gloriosa Guerra Popular.

O banditismo policial amparado pelo governo nada mais é do que outra manifestação feudal em nosso país, e que se estende até nas zonas urbanas. As ações do povo, principalmente as do povo carioca, que dia após dia se rebelam contras as UPP, mostram o rechaço das massas perante a truculência policial, que recai principalmente sobre as massas pobres. As ações dos grupos de extermínio e da truculência legalizada só podem ser combatidas desta forma, mediante a ofensiva popular, e não através das ações da polícia comum, que nada mais é do que guarda-costas de grupos de extermínio e dos grupos de traficantes. Ora, a polícia militar enfrentando seus aliados (grupos de traficantes e esquadrões da morte) seria como dar um tiro no próprio pé.

A atualidade dos milicos: do lado esquerdo, um relógio de parede que faz alusão ao grupo fascista, e do lado direito, o símbolo do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, com o símbolo "diferente", porém, com a mesma truculência do Esquadrão fascista
Portanto, cabe às massas organizadas rechaçar o banditismo policial, respondendo a violência não com flores, mas com balas, “ferir com ferro quem também fere com ferro”. A ação das massas não deve-se limitar apenas à auto-defesa e os camaradas comunistas não podem ter esse tipo de consciência. Uma vez iniciada a ofensiva popular, esta só deve cessar quando os reacionários se renderem e quando o poder for arrancado de suas mãos e passado para as massas de operários, camponeses e intelectuais revolucionários!

ABAIXO AO SEMIFEUDALISMO! VIVA O COMUNISMO!

VIVA A GUERRA POPULAR NA ÍNDIA, PERU, TURQUIA E FILIPINAS!

RESPONDER O BANDITISMO POLICIAL COM A OFENSIVA POPULAR REVOLUCIONÁRIA!




Um comentário:

  1. EM 1989, A EUROPA DO LESTE E RÚSSIA, DERRUBARAM OS BUNDAS MOLES COMUNISTAS EM UM DIA! E VOCÊS PUNHETEIROS DE COXINHAS MARXISTAS VÃO FAZER "GUERRA POPULAR" NO BRASIL QUANDO EU VOU CAGAR BARRAS DE OURO! VÃO SE MASTURBAR EM OUTRO LUGAR PARASITAS SEMINARISTAS!

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