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sábado, 20 de outubro de 2012

Por que anti revisionismo?


“Um comunista deve combater o revisionismo incansável e implacavelmente”

Presidente Gonzalo


Estas são as sábias palavras do doutor Abimael Guzmán Reynoso (presidente Gonzalo) chefe máximo da revolução proletária no Peru.

Enfim, por que lutamos contra o “revisionismo”? Por que ele é considerado tão perigoso? O que fazer para combatê-lo? Quem são os revisionistas? Pois bem, talvez essas questões estão a martelar na consciência de alguns camaradas menos preparados ideologicamente, principalmente naqueles que pela primeira vez se deparam com esse termo: revisionismo.

Então, o que vem a ser o revisionismo? Em poucas palavras o revisionismo deriva do verbo revisar ou rever. Esse termo entre os comunistas é utilizado para taxar todos aqueles que por diversas razões queiram rever, ou melhor, renegar as bases do marxismo-leninismo-maoísmo. É claro que existiram e ainda existem questões a serem resolvidas entre os comunistas, até mesmo Vladimir Lênin acrescentou vários pontos importantes à teoria de Marx e Engels, assim, dando origem ao leninismo. O trabalho de Lenin teve êxito, além corrigiu e complementou questões pendentes na teoria de Marx sem nunca renegar as suas bases, como a luta de classes, a função do partido comunista e a luta armada como ferramenta crucial na tomada do poder pela classe operária.

Os revisionistas sejam infiltrados dentro de uma organização comunista saudável ou fora dela, sem querer ou mesmo querendo, cumprem o papel de ferramentas utilizadas pelas forças retrógradas, os burgueses, imperialistas, fascistas, etc, justamente porque com a negação de aportes fundamentais do marxismo, geralmente o ponto de quebra acontece em relação a questão da tomada do poder, seja por medo, ou por ganância, vários partidos ou parte de vários partidos renegaram a guerra popular para se tornarem verdadeiros sanguessugas do estado burguês, quer dizer, abandonaram a luta autêntica para se lançarem em uma disputa de cargos dentro do regime burocrático burguês, temos como claro exemplo o PCdoB, e o PCR, que até uns trinta e poucos anos atrás estavam na luta para consolidar o poder operário organizando células clandestinas do partido e células do Exército Popular. Isso auxilia os reacionários em seus argumentos mais sórdidos, em dizer que o comunismo é um fracasso, que a luta de classes está ultrapassada ou só poderia ser usada caso algum governo fascista de extrema-direita tomasse o poder à força e não corresponde à realidade do atual século, e por outro lado, revisionistas como os do PCdoB, consideram o atual governo e suas coligações esdrúxulas como “progressistas”, acreditam que o exército brasileiro “esteja comprometido com a democracia”, ora senhores, os crimes cometidos pelo exército brasileiro no Haiti e nas favelas “pacificadas” é um lindo exemplo do “comprometimento” do braço armado da burguesia e do imperialismo.

Dois grandes mestres no revisionsimo: Fidel Castro e Josip Broz Tito
Friederich Engels nos ensina que durante toda a sua luta, o movimento operário acumula um colossal monte de lixo, ou melhor, dentro do movimento operário e revolucionário no curso de suas lutas, surgem desvios e seus desviados, a solução para isso, segundo Lenin, seriam os expurgos, que por sinal deram muito certo durante a gestão de Lenin e Stalin, porém, com o tempo e a experiência amarga de outros partidos comunistas, Mao Tsé Tung constatou que os meros expurgos não seriam o suficiente para neutralizar os elementos burgueses dentro do partido, dever-se-ia cortar o mal pela raiz, quer dizer, mesmo não havendo a burguesia como classe dominante na China pós-1949, ainda assim manifestavam-se ideais burgueses dentro do partido, isso ocorre porque mesmo a burguesia tendo sofrido um duro golpe na questão econômica após a revolução de 1949, ainda permanecia a cultura e os costumes burgueses que do seio das massas ia parar no seio do partido, exemplos históricos não faltaram para embasar esse aporte importantíssimo delineado por Mao Tsé Tung à frente do Partido Comunista da China; a União Soviética que até a morte de Stalin servia como baluarte revolucionário, e crescia espantosamente, em três anos teve seu crescimento econômico reduzido drasticamente (até a morte de Stalin a URSS crescia em torno dos 15% ao ano, e a partir de 1960 crescia no máximo 4 ou 5% ao ano).  O golpe deve ocorrer no tronco e na raiz, quer dizer, não basta apenas derrotar a burguesia na questão econômica, mas também questão social/cultural, por isso, deve haver uma revolução cultural nos mesmos moldes delineados por Mao Tsé Tung.

Ainda assim, essa não é uma luta que pode ser resolvida em questão de 10 ou 20 anos, um país como a China, por exemplo, viveram milênios de exploração e humilhação, a luta de quem vencerá a quem compreende um grande espaço de tempo.

Além da redução na economia (que mais tarde traria colapso à União Soviética e aos países que acabaram convertidos em meros satélites durante os anos 60), ocorreu o ataque ideológico, a figura de Stalin fora atacada e renegada, enquanto que os defensores de Stalin foram expulsos do Partido Comunista da União Soviética e de outros partidos que passaram a seguir a mesma linha ideológica degenerada. Além do ataque à figura do comandante supremo Josef Stalin, também houve a negação da luta de classes dentro da URSS (Kruschov no comando do partido dizia que a URSS estava prestes a alcançar o comunismo e que com isso não existia mais luta de classes dentro do país), e a negação da luta armada como ferramenta essencial para a tomada de poder por parte do proletariado. Toda essa sujeira feita por Kruschov e continuada ao longo dos anos até a queda final do revisionismo soviético são uma pequena amostra da periculosidade da ideologia burguesa infiltrada no partido, que, pode levar ao colapso total a economia e ideologia socialista ou podem simplesmente mudar os métodos de direção, quer dizer, a bandeira vermelha pode ser usada como tapete vermelho do capital estrangeiro em países revisionistas (ficam como exemplo atual China, Cuba, Vietnã e Laos).

O revisionismo apesar de levar sempre ao mesmo fim, apresenta formas diferentes de se chegar à completa estagnação do movimento revolucionário, às vezes apresenta formas descaradas e outras vezes pode parecer até imperceptível se não for submetido à uma análise profunda, pode assumir um caráter antagônico ou não-antagônico. Existe uma porção de nomes dados à diversas variantes do revisionismo, aqui estão algumas mais famosas:

Trotskismo;
Castrismo;
Bolivarianismo;
Teologia de libertação;
Eurocomunismo;
Titoísmo;
Hoxhaísmo;
Socialismo de mercado;
Caminho Prachanda;
Filosofia Juche;
Kruschovismo/brezhnevismo;
Bukharinismo
Brownsteinrianismo

Eis uma pequena parte o “colossal monte de lixo”, que se acumulou em mais de 160 anos (contando a partir de 1848 quando foi lançado o Manifesto do Partido comunista) até chegarmos ao presente ano de 2012.


2 comentários:

  1. Pior que o revisionismo, só esse texto imbecil...
    Fidel Castro e Kim Il Sung revisionistas? Já procurou ler algo sobre a ideia Juche ou sobre Revolução Coreana antes de escrever tanta mentira? Saiba que me admiro muito de ver Trotsky na lista de revisionistas, já que o autor do texto herda várias características de um trotskista, com as mesmas birrinhas. Os mesmos tipos de reacionários que se infiltram nos partidos. São textos assim que dão margem para as forças reacionárias.

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    1. É lógico que uma hora ou outra algum militante do PCB/PCML ou do PCdoB apareceriam aqui destilando todo o ódio contra o blog, que ha um ano vem lutando incessantemente pela imposição do marxismo-leninismo-maoísmo entre os revolucionários de todo o mundo.

      Sim, quem escreveu esse post certamente teve que ler e compreender a proposta dos líderes considerados revisionistas, no caso de alguns, teve que aturar a ladainha revisionista e demagoga desses líderes que falam em "revolução", que entram em extase ao falar de revolução de 1917, ou de revolução cubana, porém, nada entendem sobre revolução, acham que urnas substituem fuzis, acham que ricos podem ser boas pessoas, e acham que o ecleticismo de ideologias e o seguidismo são as coisas mais belas do movimento comunista internacional.

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