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sábado, 19 de maio de 2012

Quando os imperialistas usam AK-47


Hoje, comemoramos o 87º aniversário do nascimento do histórico líder comunista cambojano, o camarada Pol Pot (1925-1998). 



Aconteceu que o blog AK 47, antigo blog irmão do Grande Dazibao resolveu “virar o lado do disco”, e aos poucos vem mostrando sérios desvios de direita, chegando ao cúmulo de comparar Saddam Hussein com Che Guevara e assumindo clichês de caráter anarco-fascista ao chamar o grande Pol Pot de “genocida de direita”.
Na ocasião do 87º do camarada Pol Pot, não podemos deixar passar batido essa crítica extremamente oportunista lançada pelo blog AK-47.
Pois bem, trascrevemos aqui alguns trechos do texto publicado recentemente pelo blog AK47 onde trata de vomitar asneiras contra Pol Pot e contra os combatentes que deram a vida pela Kampuchea Democrática e pelo comunismo.
Eis o texto (as notas em negrito são do blog Grande Dazibao):


Muito se tem dito sobre Pol Pot nos círculos de direita.

Certamente, os nomes Stalin, Mao e Pol Pot ficam juntos quando se fala dos "crimes do comunismo".

Eu já fui admirador de Pol Pot, mas amadureci intelectualmente e percebi quem era Pol Pot, e como quem acusa Pol Pot de "genocida esquerdista" é um canalha politicamente analfabeto.

Ao longo de todo o texto, o editor mostra toda a sua “maturidade intelectual”, confiram...

Pol Pot, líder do Khmer Vermelho - nome dado ao Partido Comunista Cambojano - lutou uma guerra contra os imperialistas ianques enquanto eles bombardeavam seu país com um vasto arsenal explosivo e napalm. Claro, Pol Pot não os combateu sozinho - dezenas de milhares de comunistas lutaram pela causa, que recebeu apoio do Vietnã do Norte e dos guerrilheiros comunistas do Vietnã do Sul. Outro apoio que ele recebeu foi do deposto Rei Sihanouk, um monarquista. Me digam como é possível um comunista se aliar com reis e rainhas quando fomos nós que derrubamos o Czar??

Logo no começo do parágrafo acima o autor/editor mostra a sua falta de conhecimento a respeito do assunto: “Khmer Vermelho”, não era um nome, mas sim um apelido dado pelos monarquistas cambojanos durante a paranóia anticomunista do governo de Sihanouk e Lon Nol, assim como a mídia burguesa chama o Partido Comunista do Peru de “Sendero Luminoso”.
O editor fala que o Partido Comunista da Kampuchea recebeu apoio do Vietnã do Norte e da guerrilha sul-vietnamita. Pois bem, durante os anos 60, o Partido Comunista da Kampuchea iniciou a guerra popular no Camboja, mas para tomarem essa iniciativa heróica, eles precisariam de armamento, pois o PCK já havia conquistado as massas. O PCK pediu auxílio militar aos camaradas do Vietnã do Norte, porém, o pedido foi negado, já que o governo norte-vietnamita havia firmado um compromisso de “não atacar” o governo de Sihanouk. Então, as primeiras armas utilizadas pela guerrilha cambojana nada mais eram do que velhas armas de caça utilizadas pelos camponeses, com essas armas eles assaltavam os quartéis e capturavam outras armas velhas, geralmente fuzis da 1ª Guerra, deixados pelos franceses, assim a guerrilha cambojana se fortalecia, com armas um pouco mais potentes, poderia fazer mais investidas e capturar melhor armamento. A ajuda vinda dos camaradas chineses foi crucial.
O rei Norodom Sihanouk durante muitos anos tentou mover uma política de não-alinhamento e uma economia nacionalista, ele representava os interesses da burguesia nacional, sua política se chocava com o interesse de outros elementos envolvidos na política cambojana, entre eles, o general Lon Nol, que em 1970 deu um golpe de estado que derrubou Sihanouk, e aliou-se aos norte-americanos.
O editor “esquerdista” deveria saber que uma aliança entre o proletariado e a burguesia nacional numa guerra é algo aceitável, e constitui uma aliança de caráter TEMPORÁRIO (sugiro que leiam as obras do presidente Mao escritas entre 1934 e 1952), e Fundamentos do Leninismo, escrito por Josef Stalin nos anos 20.

Pol Pot, porém, odiava os Vietnamitas. Isso é uma marca do seu governo: a ampla paranóia de um potencial ataque do Vietnã, e da infiltração de "agentes vietnamitas" no seu regime. Amplas comunidades vietnamitas foram arrasadas, assim como os muçulmanos da etnia Cham. Ou seja, Pol Pot era racista, o que por si só já é uma contradição: não se pode ser comunista e racista ao mesmo tempo. Os comunistas são as pessoas mais antirracistas do planeta e tiveram um amplo papel na luta dos Direitos Civis dos anos 60 (não á toa, muitos neonazistas tentam ligar multiculturalismo, judaismo e comunismo).

Ele não explica nem como e nem porquê Pol Pot era racista. Isso porque não existe um Pol Pot racista, como a mídia tanto fala. Muito pelo contrário, o subdiretor da Agência de Notícias do Vietnã, disse isso aqui em 1976:
"Pol Pot me pareceu muito encantador. Não só foi um excelente anfitrião como disse em sua primeira entrevista (a primeira que concedia em sua vida) que expressava a gratidão cambojana aos amigos e irmãos do Vietnã por seu apoio anterior, e disse que a amizade e a solidariedade entre eles era “tanto uma questão estratégica como um sentimento sagrado”.
A mídia pró-imperialista sempre tenta associar os comunistas como “perseguidores de minorias étnicas”,  porém, esquecem de dizer que muitos elementos contra-revolucionários dessas minorias eram financiados pelo imperialismo, na China os imperialistas financiaram os monges tibetanos, no Vietnã eles financiaram os nungs, no Laos financiaram os meo, na Tailândia financiavam os hmongs, e no Camboja financiaram alguns cham, uma minoria étnica muçulmana, que na época eram conhecidos por serem cruéis. Com o ataque comunista aos contra-revolucionários, os imperialistas tratavam de dizer que os comunistas eram “racistas”.

Outra marca do seu regime foi a perseguição e os extermínios. Claro que ele não matou 2 milhões sozinho, o bombardeio dos EUA ajudou. Mas é inegável que ele matou, além de minorias étnicas, comunistas dentro de seu próprio Partido - os mesmos comunistas que lutaram com ele contra os Estados Unidos e sua ditadura fantoche, agora eram abatidos como animais simplesmente por se oporem a suas políticas agraristas malucas.

A fonte do editor do blog com certeza está ligada a algum círculo liberal e anticomunista. Ele fala que morreram 2 milhões, porém, ele mesmo deveria saber que os números dados pela mídia burguesa são confusos: variam de 500 mil a 3,5 milhões (50% da população cambojana dos anos 70). Um ano antes de morrer, Pol Pot, em uma entrevista a um repórter francês, contou que o número total de mortos durante a gestão do Partido Comunista da Kampuchea foi em torno de 39 mil pessoas, dos quais 14 mil estavam envolvidos em atividades contra-revolucionárias (guerrilhas anticomunistas organizadas na fronteira entre Camboja e Vietnã a partir de 1977), e o restante morreu por problemas diversos, como doenças ou acidentes de trabalho.
Quanto aos “comunistas que ele matou”, eram também agentes contra-revolucionários, como em 1975 quando o comandante Youn tentou instituir um sistema econômico bukharinista, ou como a tentativa de golpe contra Pol Pot em 1977.
As “políticas agraristas malucas” que ele se refere, foram medidas utilizadas para reconstruir a economia cambojana, baseadas no exitoso Grande Salto à Diante, lançado na China quase vinte anos antes. Mobilizando grandes massas, o governo kampucheano pode reconstruir pontes, linhas telefonicas, autoestradas, ferrovias, pela primeira vez o povo das regiões mais longínquas tinha acesso a assitência médica e alfabetização. De qualquer forma, é uma grande mentira a história de que Phnom Penh foi esvaziada após a tomada do poder pelos comunistas kampucheanos. Phnom Penh nos anos 60 era uma cidade de 200 mil habitantes, e, devido a guerra, em 1975, a população dessa cidade era em torno de 2 milhões. O governo com certeza incentivou as massas a voltarem para as suas regiões de origem, para que Pnhom Penh pudesse ser reconstruída, legiões de operários foram recrutados para auxiliarem na reconstrução da capital e de outras cidades importantes.
Essa “política agrarista maluca” levada com êxito, também serviu de inspiração para o Partido Operário-Camponês de Moçambique (FRELIMO), onde também foi conduzida com êxito sob o comando de Samora Machel.
As grandes quantidades de arroz, peixe, coco, e látex, eram trocados por máquinas (tratores, geradores a diesel, locomotivas, aviões, caminhões, ferramentas, óleo lubrificante), isso tudo contava com o envio de técnicos especializados vindos da China e da Coréia do Norte.
O objetivo do governo kampucheano era desenvolver-se ao máximo para que a Kampuchea Democrática também pudesse servir como mais um baluarte para a revolução proletária mundial, então, qualquer semelhança com o leninismo, não é mera coincidência.

Naquela época, Pol Pot não recebia nenhum apoio dentro do Pacto de Varsóvia. Os únicos países dominados por Partidos "Comunistas" que o apoiavam eram Iugoslávia (do Marechal traidor antistalinista Tito), Romênia (de Ceausescu, conhecido por ser crítico das relações exteriores da URSS e por frequentemente se aliar com países e ditaduras pró-EUA) e a China (na época, passando por um processo turbulento que trouxe Deng Xiaoping, conhecido reformista de direita e desejoso amigo dos EUA, como líder do país após a morte de Mao). Nem Enver Hoxha, líder da Albânia, conhecido por criticar a URSS e seus países aliados, como o Vietnã, via Pol Pot com bons olhos.

O editor faz papel de ridículo ao dizer que o governo kampucheano “não recebia nenhum apoio dentro do Pacto de Varsóvia”, isso porque os países que faziam parte desse pacto se tornaram em meros fantoches do social-imperialismo soviético, o que ele poderia ter afirmado aqui era que a linha do PCK era inimiga do social-imperialismo soviético, linha por sinal muito bem formulada.
Como ele mesmo cita, Romênia e Iugoslávia eram países que reconheciam a Kampuchea Democrática, porque esses países pertenciam ao mesmo bloco: bloco de países não-alinhados, também conhecido como “bloco dos 77”, então, era óbvio que países pertencentes a esse bloco reconhecessem a Kampuchea Democrática, que também fazia parte do bloco dos 77, outros países que reconheceram a Kampuchea Democrática foram Moçambique, Cuba, Albânia, Birmânia, Coréia do Norte e China.
Quando os comunistas tomaram o poder em Pnhom Penh, a República Popular Socialista da Albânia tratou de reconhecer o governo novo governo kampucheano, inclusive chegou a manter uma embaixada na capital do Camboja até a tomada de poder pelos ratos social-imperialistas. Porém, Enver Hoxha no final dos anos 70 havia se tornado um revisionista, então, em 1979, ele passou a atacar o mesmo governo que ele reconheceu e apoiou.

“Enquanto isso, o Camboja não conseguiu se reestruturar dos bombardeios - e sua população morria de fome e doenças e execuções. Por fim, Pol Pot, que já não andava em bons tons com o Vietnã, teve a idéia idiota de atacar o país com um dos maiores exércitos do mundo. O resultado foi que, em 1979, 4 anos depois da vitória do Khmer Vermelho, o governo de Pol Pot caiu e ele fugiu.”

No mais belo tom “revista Veja” ele fala sobre a “fome, doenças e execuções” do governo kampucheano. A fome e as epidemias eram problemas comuns no Camboja antes de 1975, porém, já em 1976 a fome havia sido sanada graças a grande produção de arroz (haviam regiões onde eram colhidas até 3,5 toneladas por hectare), com a importação de grandes quantidades de quinino (utilizado no tratamento contra a malária), penincilina e outros remédios vindos da China, com o investimento em pesquisa com a medicina tradicional cambojana e a medicina moderna, foi possível a  formação de novos médicos, assim, até o ano de 1977, as epidemias haviam sido reduzidas radicalmente.

É importante notar que o Vietnã recebeu ajuda de um aliado chamado
Frente de Salvação (clique para ler na Wikipédia), um grupo de comunistas cambojanos anti-Pol Pot que tomou o poder após a ocupação do Camboja pelo Vietnã.  A "República Popular do Kampuchea (RPK)" é formada.

Entenda-se como “grupo de revisionistas cambojanos”.

Ele então se refugiou na fronteira com a Tailândia. Vejam bem, a Tailândia é uma monarquia e o único dos países do sudeste asiático a jamais ter experimentado o Socialismo. Eles enviaram tropas junto dos EUA para lutar contra os comunistas no Vietnã e agora estão aceitando como asilo o ditador "comunista" Pol Pot e o que restou de seus Khmeres Vermelhos, agora guerrilheiros armados. Pol Pot está louco para recuperar seu poder, mas não pode fazer isso sem ajuda - mas a ajuda vem.
O Rei da Tailândia então arma os guerrilheiros até os dentes e os protege na fronteira. Da fronteira, os terroristas do Khmer Vermelho fazem incursões armados no território da RPK. Está comprovado que eles recebem apoio da CIA e dos Serviços Secretos Britânicos em sua tentativa de desestabilizar o país. Basta você pesquisar na internet e verá o como Reagan e Thatcher ajudaram este monstro (e porque não ajudariam? Eles sempre detestaram o Vietnã Popular).

Durante os anos 70, o pessoal do Exército Revolucionário da Kampuchea na região que fazia fronteira com a Tailândia, fornecia armas e instruções para os camaradas do Exército Popular de Libertação (braço armado do Partido Comunista da Tailândia), inclusive os camaradas tailandeses e kampucheanos chegaram a participar de ações conjuntas contra o governo fascista tailandês.
Ainda nos anos 70, instaurou-se um governo liberal na Tailândia, esse governo resolveu manter relações diplomáticas e comerciais com a Kampuchea, em troca de látex, os tailandeses forneciam óleo mineral, utilizado na lubricação das máquinas kampucheanas. Porém, com um golpe de estado no final dos anos 70, o novo governo rompeu com a Kampuchea Democrática e atacou as tropas kampucheanas que estavam na fronteira.
Quando os vietnamitas invadiram o Camboja, os remanescentes do PCK e do ERK transferiram o governo para Pailin, região MONTANHOSA que fica na fronteira com a Tailândia.
Do ponto de vista estratégico, o melhor local para criar bases seguras para a guerrilha é em lugares altos, serras ou montanhas, pois constituem locais de difícil incursão por parte das tropas inimigas, temos exemplos históricos, como a guerrilha do Partido Comunista da China que esteve localizada em Kiangsi até 1935, a guerrilha do Araguaia, que tinha suas bases na Serra das Andorinhas...


As próprias Nações Unidas apoiaram Pol Pot. Eles chegaram a permitir que o Khmer Vermelho possuísse uma cadeira, enquanto condenaram a invasão pelo Vietnã e não reconheciam a RPK.

É mesmo? Não me diga! Até a Albânia havia sido admitida na ONU, isso em 1954, a China Popular em 1971 e a União Soviética em 1975.
Como sendo país reconhecido pela ONU é muito lógico que a organização iria condenar o ataque a Kampuchea. Porém, esse apoio da ONU durou pouco, em 1982 a ONU e a China retiraram o apoio ao governo kampucheano estabelecido em Pailin.

E um aliado, em potencial, entra na luta: a China.

Tal como Mao, Deng Xiaoping era extremamente anti-Soviético. Mas, diferente de Mao, ele queria manter relações de amizade com os Estados Unidos. Então, basicamente, a China se tornou novo Estado aliado dos Imperialistas. Mas, desde cedo, a China era aliada de Pol Pot.
Então, houve uma guerra entre Vietnã e China que tirou a vida de dezenas de milhares de pessoas em quase 30 dias.

Mao Tsé Tung nunca foi anti-soviético, Mao foi um grande anti-revisionista e anti-imperialista.
Agora, com Deng Xiaoping “são outros 500”, ele foi um verdadeiro oportunista, e atacou o Vietnã não por causa da Kampuchea Democrática, mas por mera tensão política e territorial que vinha ocorrendo entre os dois países desde a morte de Mao.

 Ainda assim, mesmo com a ajuda militar do Rei do Camboja, do Rei da Tailândia, dos EUA, do Reino Unido, da China, e até da ONU, Pol Pot fracassa em seu objetivo de terminar a destruição da nação Cambojana. O povo cambojano os odeia, enquanto ama os vietnamitas. E, então, no final dos anos 80, a guerra chega ao fim e o Khmer Vermelho está acabado. Pol Pot iria morrer em 1998, sem nunca ser julgado.

Quando as tropas kampucheanas foram para Pailin, as tropas tailandesas entraram em território kampucheano, mataram e capturaram vários combatentes do Exército Revolucionário Kampucheano.
A invasão vietnamita causou um grande estrago ao povo kampucheano, os diques, portos, estradas e ferrovias construídos com tanto esforço foram destruídos pela invasão vietnamita, a colheita de 1978-79 foi prejudicada, fazendo com que o povo cambojano voltasse a passar fome, várias famílias fugiram para a selva com medo dos invasores vietnamitas, indústrias foram destruídas, fontes da época chegaram a relatar inclusive que no Camboja todas as crianças com menos de 5 anos haviam morrido em decorrência da guerra, e que o pouco alimento que era enviado para os civis kampucheanos estava sendo desviado pelos vietnamitas.
Pois bem, o governo revisionista fantoche de Hun Sen jamais conseguiu estabilizar o Camboja, e em 1989 já estava desgastado. Enquanto isso, o Partido da Kampuchea Democrática (nome dado ao PCK após a invasão vietnamita) seguiu lutando contra os fantoches do Vietnã e contra o governo de Sihanouk, que foi restabelecido nos anos 90.
E apesar dos últimos combatentes do “khmer vermelho” terem se entregado em 1999, eles ainda mantém um grande prestígio e respeito, Pol Pot continua sendo admirado pelos cambojanos, apesar do governo real do Camboja gastar muito dinheiro com propaganda e livros didáticos anticomunistas. O governo cambojano de Sihanouk e Hun Sen tenta calar as massas, porém, a verdade está está com os heróicos ex-combatentes e com os comunistas cambojanos, que graças a invasão vietnamita, continuam a serem perseguidos.



Enquanto isso, os EUA passaram ao mundo a comparação de Pol Pot com o comunismo, sem nunca terem admitido que eles mesmos tentaram ajudar um genocida a continuar um genocídio(curiosamente, eles ajudaram um genocida da Indonésia chamado Suharto, mas isso é outra história). O Partido Comunista do Vietnã, infelizmente, está hoje infestado de reformistas e oportunistas de direita. E o Partido do Povo Cambojano, antes a vanguarda do proletariado Cambojano durante a RPK, agora participa da Monarquia Parlamentar.

Ele esquceu de dizer que Hun Sen, antigo líder do governo pró-vietnamita (1979-1990) é atualmente primeiro-ministro e continua como lacaio da família real cambojana.

Mas nunca nos esqueceremos do heroísmo do Vietnã, o povo que derrotou outra Agressão imperialista quando todo o mundo achava que a paz estava reinando.

Conclusão:

- O Regime genocida Pol-Potiano não foi comunista, e os comunistas o derrubaram.

- Os Khmeres Vermelhos não eram comunistas. Eles podian muito bem estar disfarçados, mas ao ver suas escolhas e ações políticas feitas pelos seus líderes e soldados, chegamos a conclusão de que ele era tão comunista como outros terroristas sanguinários da Doutrina Reagan - UNITA, os Contras e o Talibã.

- Pol Pot era um ditador genocida. Pior que isso, ele é um ditador de direita. Pior que isso, um ditador de direita que comete um dos piores genocídios do Século XX.

- O povo vietnamita mostrou seu valor. O Vietnã popular destruiu a Colônia da França em 1954, humilhou os Estados Unidos nos anos 60 e 70 e agora, além de salvar um povo do Genocídio de um tirano anticomunista, ainda humilha a CIA pela segunda vez, e derrota, militarmente e praticamente sozinho, a maior potência militar da Ásia: a China.

- Qualquer um que diga que Pol Pot é comunista e ousa compará-lo com Stálin ou Mao ou é um idiota ou não tem argumentos sérios. Devemos ignorá-los em uma discussão.

[RISOS, MUITOS RISOS]

“Os capitalistas, ao longo da história, alimentarão ofensas sem fundamentos aos revolucionários comunistas. Mas quando a verdade vier, eles arderão em raiva e ódio dizendo: a verdade foi revelada"

Karl Marx

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