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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Reorganizar o Partido Comunista no Brasil!


O PC brasileiro, ou PC do Brasil foi fundado em 25 de março de 1922, reorganizado em 1962 e extinto em dezembro de 1976.
Nesse espaço de 54 anos (1922-1976), forjou-se um partido revolucionário, apesar de certos desvios ocorridos durante esse tempo.
A revolução de 1935 é um exemplo. Apesar da tentativa heróica de derrubar o governo fascista e organizar uma democracia popular, a revolução não logrou o desejado, pois não seguiu o conselho dos camaradas soviéticos, eles aconselharam à Luís Carlos Prestes que iniciasse uma revolução apoiada nos camponeses, mas Prestes revolveu traçar o próprio caminho da revolução, pois, ele acreditava que com a sua reputação e prestígio adquiridos durante os tempos da coluna Prestes (1922-1927), ele conseguiria derrubar o governo através de uma rebelião no exército, o que não deu certo, custou a vida e a liberdade de vários camaradas, e a dissolução do Partido, que só voltaria a ativa em 1943.
Durante os anos 50, o partido esteve envolvido em eleições burguesas, e parecia não dar importância ao caminho revolucionário que poderia ter seguido com uma revolução através do campo para a cidade, seguindo o exemplo da revolução chinesa.
Em 1956, ano da consolidação do revisionismo kruschovista, o “cavaleiro da esperança”, Luís Carlos Prestes, mostrou-se um “cavaleiro do oportunismo”, agente do recente social-imperialismo soviético até o fim de sua vida, mostrando-se hostil a Stalin e sempre apoiando a linha revisionista desde Kruschov até os tempos de Gorbatchov.
A luta no seio do Partido Comunista do Brasil levou à cisão entre duas facções em 1962, uma chamada Partido Comunista Brasileiro, que era apoiadora do revisionismo soviético, e outra facção, intitulada Partido Comunista do Brasil, que apoiava o anti-revisionismo na época liderado pela China.
Apesar disso, o PCdoB ainda herdou alguns desvios oportunistas, vindos desde os tempos do PCB, o que se mostrou claro nas idéias de João Amazonas anos mais tarde. No início, por incrível que pareça, o partido tentou buscar apoio com a URSS, mas esta já estava comprometida com o PCB, depois tentou com Cuba, mas Cuba também já tinha compromisso com as ligas camponesas, então, restou a China, e o PCdoB adotou o maoísmo formalmente de modo dogmático, sem compreendê-lo exatamente, pois, se tivesse havido uma compreensão clara, o partido jamais abandonaria o maoísmo, como fez em 1977. Então, a história de um partido maoísta convicto era mais invenção dos milicos, que falavam de um partido subversivo que seguia a linha “cubano-chinesa”.
Apesar do heroísmo da guerrilha do Araguaia, a guerrilha infelizmente não alcançou seus objetivos e a maioria de seus integrantes perdeu a vida, uma guerrilha que contava com mais ou menos 100 combatentes, contra 10 ou 20 mil soldados do exército reacionário.
Essa é a correta análise feita pelo camarada Pedro Pomar em 1976 a respeito da guerrilha:

“Apesar dessas constatações e da derrota sofrida, o camarada J dá como aceita a concepção que prevaleceu na luta do Araguaia. Pondera que devemos continuar trilhando-a. Sinceramente, discordo dessa opinião. Certamente, como já disse, a experiência do Araguaia tem aspectos de valor que devem ser sistematizados e aproveitados. O espírito de luta, heroísmo mesmo, o esforço para adaptar-se às condições do meio, a capacidade de resistência, precisam ser salientados e devidamente estimados; servem como exemplo. Nosso Partido sempre se orgulhará dessa luta; do sacrifício dos camaradas que lá tombaram, tentando abrir caminho para a vitória de nossa causa. Mas para determinar a validade de uma experiência isso apenas não basta. O fundamental, no caso concreto e como já ficou esclarecido em documentos relacionados com a guerra de guerrilhas, é a sobrevivência e o desenvolvimento da mesma. E isto depende antes de tudo da incorporação das massas à guerrilha, de estas fazerem sua a causa - a bandeira levantada pelos guerrilheiros. Nessa determinação devemos contar, naturalmente, com erros, com fracassos, com perdas terríveis. Em certa medida, as derrotas e os erros serão inevitáveis; mas poderemos sem dificuldades avaliar seu resultado político (e/ou sua sobrevivência) pelo nível de incorporação das massas, por seu apoio ativo à luta guerrilheira. Ora, exatamente é com essa dificuldade que nos deparamos ao tratar da experiência do Araguaia. O número de elementos de massas ganho para a guerrilha foi insignificante, principalmente se considerarmos como um êxito formidável o tempo de duração da luta armada. Mesmo assim, não se soube trabalhar com esses elementos. Também a atividade política dos núcleos da ULDP não é esclarecida. Tudo leva a crer que a guerrilha se iniciou como um corpo a corpo dos comunistas contra as tropas da ditadura militar. E assim continuou quase todo o tempo. Aí reside, a meu ver, o maior erro, o mais negativo da experiência do Araguaia. Pois a conquista política das massas não pode ser efetuada só depois da formação do grupo guerrilheiro. Tampouco este deve ser constituído única e exclusivamente, mesmo que seja apenas no princípio, de comunistas. E não se diga que a orientação contida nos documentos e resoluções do Partido não seja cristalina a respeito. Tanto pela letra, como pelo espírito, os documentos partidários essencialmente dirigidos contra as teses pequeno-burguesas e foquistas, indicam, sem margem de dúvida, que:

1 a guerra popular é uma guerra de massas;


2a guerrilha é uma forma de luta de massas;


3para iniciá-la, 'mesmo que a situação esteja madura, impõe-se que os combatentes tenham forjado sólidos vínculos com as massas';

4 a preparação 'pressupõe o trabalho político de massas';


5os três aspectos — trabalho político de massas, construção do Partido e luta armada — são inseparáveis na guerra popular;

6 o Partido, isto é, o político, é o predominante desses aspectos;


7numa palavra, o trabalho militar é tarefa de todos os comunistas e não apenas de especialistas.

A experiência contrariou frontalmente essa orientação sobre a guerra popular. Sob o fundamento de que nas atuais condições brasileiras é impossível criar a base política antes de se forjar e acionar o dispositivo militar, o braço armado do povo; alegando-se impossibilidade de ganhar elementos de massa para a guerrilha antes de deflagrar a luta armada e que, portanto, o núcleo guerrilheiro deve ser organizado de início só com comunistas, enveredou-se pelo caminho que levou aos resultados que estamos discutindo. A vida, porém, encarregou-se de mostrar que esse tipo de preparação, assim como a organização de grupos guerrilheiros só de comunistas, não permitirão sua sobrevivência nem seu desenvolvimento. Por mais conspirativa que venha a ser a preparação, o inimigo poderá descobri-la "antes da criança nascer"; por mais heroicamente que se comportem os combatentes comunistas, se estiverem isolados das massas, sem seu apoio ativo, serão batidos; e por mais eficiente que seja a direção militar, com tal concepção será derrotada. Por isso, a orientação seguida no Araguaia tem de ser modificada em suas linhas essenciais.

Ao invés de se considerar que só será viável o trabalho de preparação à base dessa concepção, o certo é primeiro realizar o trabalho político, procurar, através de uma ação planificada, cuidadosa, paciente, clandestina, e tendo em conta o movimento camponês real, criar a base de massas necessária para desencadear a luta. Afirmar que esse trabalho, no momento atual, por causa do aumento de vigilância do inimigo, não é possível, me parece falso. Seria o mesmo que concluir ser o trabalho de massas em geral, bem como a construção do Partido, sob as condições da ditadura militar-fascista, também impraticável. Mas esta conclusão ninguém a aceita entre nós, por absurda.

Julgo este ponto de vista, acusado de dogmático, o único capaz de corresponder à realidade atual e aos princípios da guerra popular, quer na concepção, quer no método".

Apesar de uma análise diferente, o camarada Ângelo Arroyo também ressaltou sobre a importância da continuação da guerra popular, infelizmente, estes dois heróis acabaram mortos durante uma fuzilaria na Lapa em dezembro de 1976, o vazio deixado, principalmente pelo camarada Pomar acabou deixando brechas para João Amazonas consolidar a sua posição reformista, e levar o Partido Comunista à atual marmita democrático-burguesa.
João Amazonas começou o processo de degeneração que levou anos, mas que conseguiu “menchevizar” o partido. Começou em 1977 com a negação da guerra popular e do maoísmo, aliando-se ao sectarismo albanês de Hoxha e Ramiz Alia. Ao final dos anos 70 e até fins dos anos 80, João Amazonas mostrou ser um excelente papagaio das palavras sectárias e dogmáticas de Enver hxoha, João Amazonas fazia críticas toscas à Mao, ao grupo dos 4 e ao fascista Deng Xiaoping, no início dos anos 90, João Amazonas passaria a ser bajulador de Deng e do revisionismo chinês.
Da negação do maoísmo, passou para a negação do hoxhaísmo quando o Partido do Trabalho da Albânia entrou em derrocada, depois passando à negação de Stalin.
O PCdoB atual não passa de um partido democrático-burguês, eleitoreiro, com um projeto de “socialismo-democrático” bem fora do modelo idealizado pelos mestres (Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao Tsé Tung). Um partido que reúne troskos, anarquistas, social-democratas, hoxhaístas, social-liberais... Agrada gregos e troianos, menos os comunistas. Ou seja, reúne atualmente toda a corja disposta enganar e saquear o povo, sob uma linha típica da IIª Internacional pelega.
Precisamos reorganizar o PC no Brasil, não dispomos de um partido de vanguarda, senão apenas oportunistas e entulhos pequeno-burgueses como PSOL, PCB, PPL, PSTU, PCO, PCR, PT, PCML, PT, PCdoB...
Precisamos de um partido que organize operários, camponeses, e demais setores que aspiram progresso no Brasil, um partido que seja forjado em lutas, sob o LUMINOSO CAMINHO DO MARXISMO-LENINISMO, que nos guie até vitória final num CAMINHO VERMELHO até o comunismo.

NÃO VOTAR!!! VIVA A REVOLUÇÃO!!!

ABAIXO AO CRETINISMO PARLAMENTAR!!! VIVA O MAOÍSMO!!!

GUERRA POPULAR ATÉ O COMUNISMO!!!

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