Páginas

sábado, 26 de novembro de 2011

Aos 67 anos da libertação da Albânia



Introdução

Apesar das críticas feitas por Hoxha a respeito do maoísmo, e mesmo estando errado em todas elas, e algo inegável os êxitos do proletariado albanês após a libertação em 28 de novembro de 1944.
A Albânia foi um dos primeiros países a se erguer contra o revisionismo de Tito, e o social-imperialismo soviético encabeçado por Kruschov e seus capangas.
Por quase trinta anos a Albânia teve boas relações com a China maoísta, mas, após a tomada do poder pelos revisionistas, Hoxha passou a criticá-los, mas, junto vinham críticas absurdas contra o maoísmo, ponto negativo em Enver Hoxha.
Partisans albaneses

Luta contra o social-imperialismo iugoslavo

Após a 2ª guerra mundial, ergueram-se vários países de democracia popular na Europa, vamos tratar aqui de Iugoslávia e da Albânia.
Hoxha nos anos 40
A Albânia e a Iugoslávia se libertaram do jugo fascista em 1944 e passaram a reconstrução da economia sob as bases marxistas. Infelizmente a Iugoslávia passou para o caminho do revisionismo contemporâneo (titoísmo), e todos os países socialistas condenaram o revisionismo iugoslavo em 1947. Foi a partir daí que os revisionistas iugoslavos, encabeçados pelo marechal Josip Broz Tito passaram a mostrar a sua verdadeira face, face podre.
De 100 mil a 200 mil membros do partido comunista na Iugoslávia foram expulsos, presos e até mortos por terem se colocado a favor da decisão unânime dos camaradas de outros países em condenar o revisionismo de Tito.
O desejo destes reformistas tinha alguma semelhança com o fascismo, pois, queriam anexar a Albânia e a Bulgária¹ ao território iugoslavo. Uma das estratégias usadas pelos iugoslavos em 1947 foi a de impor um embargo econômico à Albânia, como o embargo não deu certo graças à ajuda de Stalin, a Iugoslávia apelou para uma tentativa de invasão militar, teria dado certo, mas, mais uma vez o timoneiro Josef Stalin não tivesse mandado tropas soviéticas para proteger a Albânia, a pedido do próprio Partido do Trabalho da Albânia.
As relações diplomáticas entre Albânia e Iugoslávia foram finalmente rompidas em 1950, e só voltariam a ser reatadas nos anos 70. Enver Hoxha disse que jamais queria que fossem rompidas as relações entre a Albânia e Iugoslávia, e que ajudaria na restauração das relações, mas as relações partidárias continuariam rompidas enquanto a Iugoslávia não abandonasse o caminho reacionário.

Luta contra o social-imperialismo soviético

Após a morte do timoneiro Stalin e a ascensão do social-imperialismo soviético comandado por Nikita Kruschov e suas ratazanas, o povo albanês se viu novamente ameaçado, dessa vez, pela própria URSS, que havia se degenerado muito politicamente depois de 1956.
Nos anos 50, a Albânia estava em fase de reconstrução econômica e necessitava urgentemente de recursos para organizar a indústria e poder “caminhar com suas próprias pernas” (não existia indústria antes da libertação de 1944). Kruschov se recusava a fornecer empréstimos ao governo albanês, e orientava-os, bancando o especialista, para que eles se preocupassem somente em plantar frutas cítricas e chá, pois, em tudo o que necessitassem a União Soviética forneceria, dizia que o que o povo albanês consumia era igual aos ratos que roíam os estoques soviéticos. Fica bem claro que os interesses que Kruschov tinha para com o povo Albanês era o mesmo que os norte-americanos tinham com os povos de Cuba, Haiti e República Dominicana.
Ainda nos anos 50, a Albânia estava iniciando a extração de petróleo, Hoxha pediu pessoalmente empréstimo para a URSS, mas Kruschov disse que não havia necessidade, dizia que além do petróleo albanês ser ruim, os soviéticos forneceriam tudo o que o povo albanês necessitasse, contanto que investissem pesado em plantações de frutas cítricas, dizia que não precisavam plantar milho ou trigo, e nem se preocupassem em criar fábricas de vidro... Qualquer semelhança com uma tentativa de dominação social-imperialista não é mera coincidência.
Quando Kruschov veio à Albânia em 1959, ele visitou o sítio arqueológico de Butrinit, segundo as memórias de Enver Hoxha relatadas no livro “Os Kruschovistas”, Nikita Kruschov ao ver a posição privilegiada em que se encontrava o sítio arqueológico, disse assim para Malinovski, então ministro da defesa soviético que sempre em suas viagens:

“Veja que maravilha temos aqui! Dá para construí uma base ideal para nossos submarinos. Desenterremos e lancemos estas velharias ao mar (se referiam aos objetos arqueológicos de Butrinit) perfuremos essa montanha e cheguemos até o outro lado – e Ksamil indicou com a mão – teremos então a base ideal e a mais segura do Mediterrâneo. Daqui poderemos paralisar tudo e atacar tudo”.

Hoxha estremeceu ao ouvir falarem assim, como se fossem donos dos mares, países e povos.

Quando foram conhecer Vlora, Hoxha pode ouvir outra dessas conversas dignas de marechais das forças armadas do Estados Unidos:

“Maravilho, maravilhoso! Que golfo tão seguro ao pé destas montanhas! Daqui, com uma poderosa frota teremos em nossas mãos todo o Mediterrâneo, desde Bósforo até Gibraltar! Podemos colocar tudo sob nosso inteiro controle”.

Finalmente após mais dois anos de luta ideológica contra o caráter revisionista assumido pelo Partido Comunista da União Soviética, a URSS rompe relações diplomáticas com a Albânia, em fins de 1961.
Felizmente a Albânia contava ainda com uma grande aliada: a China, que infelizmente 15 anos mais tarde acabou caindo no revisionismo encabeçado por Hua Guofeng e Deng Xiaoping.

A Albânia desenvolvida

Alguns produtos industrializados fabricados na Albânia entre 1966 e 1970.

Desde os anos 40 o país vinha buscando desenvolver-se tanto na agricultura, como na indústria. O esforço do povo albanês foi finalmente recompensado, transformando o país o frágil país arrasado pelo fascismo do rei Zogu e pela 2ª Guerra Mundial numa próspera república popular democrática. Eis aqui alguns feitos conquistados pelo povo albanês sob o comando do PTA:



- Em 1970, o PTA declarou que num período de até 15 anos, haveria energia elétrica disponível em 100% do território albanês, a meta foi alcançada em 1980, transformando a Albânia num dos primeiros países da Europa a ter energia elétrica disponível em todo o território.
A capital Tirana em 1979.
-Em 1979 a UNESCO apontou a Albânia como o país com o maior número de universidades disponíveis para a população.
Poster chinês de 1968 mostra a milícia universitária albanesa.
  
-A Albânia tornou-se o maior exportador de milho na Europa.
-Mecanização da agricultura.
-Industrialização (em 1968 a indústria foi responsável por 61,5% da produção total do país).
-Entre 1971 e 1977 a produção de cromita dobrou, elevando o país ao terceiro maior produtor de cromita do mundo.
-O país tornou-se um dos maiores exportadores de petróleo na Europa.
-Em 1979 o nível de analfabetismo era semelhante ao dos Estados Unidos.
-A expectativa média de vida passou para 68 anos em 1978.

Armadas com fuzis AK-47, 1985.
Durante os tempos do fascista rei Zog I, as forças armadas da Albânia contavam com apenas cinco aviões de observação, apenas 5 mil soldados, armamentos antiquados e um escasso número de blindados da Iª Guerra mundial.
A Albânia foi um dos poucos países em que o exército de Mussolini teve êxito em invadir( além da Etiópia, e Mônaco) sem precisar do auxílio das tropas de Hitler.
Todo o aparato militar albanês, desde os fuzis até os poucos capacetes de aço eram sobras de guerra que haviam sido utilizados pelos italianos, turcos e gregos.
Mas depois da libertação, pela primeira vez, foram constituídas milícias populares, as forças armadas da Albânia possuíam aviões de combate dos dois tipos (aviões com motor à pistão e motor à jato), armas semi-automáticas (carabinas SKS, pistolas Tokarev) e fuzis automáticos (AK-47). Apesar dessa modernização, o país ainda se via dependente na fabricação de armas, algo que mudou nos anos 60.
Uma SKS de fabricação albanesa.
Em 1967 iniciou-se a produção de carabinas semi-automáticas SKS em Umgramsh. Entre 1967 e 1979 cerca de 18 mil carabinas foram produzidas.

Estes são alguns êxitos do povo albanês sob o comando do PTA e de Enver Hoxha.

Refinaria de óleo cru em Ballsh, foto de 1980.
A queda

Em 1985 Enver Hoxha falceu, aos 77 anos, e em seu lugar assume Ramiz Alia, importante figura no partido.
Em também é nessa época que a Albânia começa a entrar em crise, e nos anos seguintes a Europa acompanha a contra-revolução que se seguiu até 1992, influenciadas pelas teses burguesas de Gorbatchov.
Em fins dos anos 80, Ramiz Alia declarou que ao contrário do que vinha acontecendo nos demais países Europeus, o socialismo na Albânia não cairia, pois o povo estava unido, mas, em 1991 caiu o socialismo na Albânia sob a batuta do próprio Ramiz Alia, depois de várias reformas, que garantiram brechas para que a direita pudesse usurpar o poder.
Viva o CAPETAlismo na Albânia!!!
A nova república democrático-burguesa, organizada em 1992, tornou-se um mar de corrupção assim como em todas as outras ao redor do mundo. Com a economia detonada e o povo em situação precária, foi o suficiente para que uma onda de violência tomasse conta do país em 1997, os rebeldes, armados, exigiam punição aos corruptos e a volta do socialismo na Albânia, a rebelião só foi finalmente contida depois do envio de tropas da “super democrática e humanizada” OTAN.



A Albânia socialista para um albanês no século XXI

Certo tempo atrás, durante uma conversa na internet com um albanês que atendia pelo nome de Erlis Teufel, perguntei a ele o que ele achava de Enver Hoxha e do período socialista na Albânia, ele disse que Hoxha era uma boa pessoa, disse que naquela época o povo vivia bem, o país vivia cheio de orgulho e dignidade, mas, o sectarismo isolacionista de Enver Hoxha acabou criando problemas mais tarde.
Também perguntei a ele se Enver Hoxha era um ditador, ele me respondeu: “claro que sim, pois aquela época era a ditadura do proletariado”.
Fica aí uma lição aos camaradas: só o socialismo pode trazer dignidade às pessoas, mas, temos que estar atentos aos erros cometidos, como o sectarismo, o dogmatismo, e estar atento à elementos que possam prejudicar a consolidação do socialismo.

A Albânia socialista para um brasileiro

Ha mais ou menos um ano, fiz uma entrevista com o sr José Reinaldo Carvalho, membro do atual PCdoB, nesta entrevista ele conta um pouco da sua experiência na Albânia entre os anos 70 e 80.

“Camarada, eis minhas respostas para a entrevista. Forte abraço, Zé Reinaldo”.


1-Então, em que ano o camarada foi à Albânia? E ficaste quanto tempo lá?
 
“Fui à Albânia em fevereiro de 1979, no quadro de intercâmbios entre o Partido Comunista do Brasil e o Partido do Trabalho da Albânia. Trabalhei como jornalista na Rádio Tirana, a Voz da República Popular Socialista da Albânia, emissora oficial. Fazia de tudo: escrevia,traduzia e locutava. Foi uma rica experiência de trabalho e de vida”.
 
2- Ficaste em qual cidade? 
 
“Tirana, a capital”.

 3- Conheceu pessoalmente o camarada Enver Hoxha? 
 
“Sim, em algumas solenidades. Tive oportunidade de saúda-lo e manter breves diálogos”.

4- Qual era a opinião do povo em relação ao regime socialista, o padrão de vida era bom?

“O povo dava apoio ativo ao socialismo, ao governo, ao Partido e 

demais instituições do poder popular. Infelizmente, cometeram-se erros, o país era frágil, instalou-se nos finais dos anos 1980 uma grave crise econômica que afetou o abastecimento e a opinião do povo mudou”.

5- A Albânia era um país isolado?
 
“No quadro político da época, o país mantinha relações diplomáticas com dezenas de países. Mas, divergências políticas e ideológicas o afastaram dos países que haviam sido no início da construção do poder popular e do socialismo os seus principais aliados – a Iugoslávia, a União Soviética e a China”.


NOTA:

1- Em 1975 o PC da Bulgária denunciou que os iugoslavos estavam tentando se intrometer nos assuntos internos da Bulgária. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Reorganizar o Partido Comunista no Brasil!


O PC brasileiro, ou PC do Brasil foi fundado em 25 de março de 1922, reorganizado em 1962 e extinto em dezembro de 1976.
Nesse espaço de 54 anos (1922-1976), forjou-se um partido revolucionário, apesar de certos desvios ocorridos durante esse tempo.
A revolução de 1935 é um exemplo. Apesar da tentativa heróica de derrubar o governo fascista e organizar uma democracia popular, a revolução não logrou o desejado, pois não seguiu o conselho dos camaradas soviéticos, eles aconselharam à Luís Carlos Prestes que iniciasse uma revolução apoiada nos camponeses, mas Prestes revolveu traçar o próprio caminho da revolução, pois, ele acreditava que com a sua reputação e prestígio adquiridos durante os tempos da coluna Prestes (1922-1927), ele conseguiria derrubar o governo através de uma rebelião no exército, o que não deu certo, custou a vida e a liberdade de vários camaradas, e a dissolução do Partido, que só voltaria a ativa em 1943.
Durante os anos 50, o partido esteve envolvido em eleições burguesas, e parecia não dar importância ao caminho revolucionário que poderia ter seguido com uma revolução através do campo para a cidade, seguindo o exemplo da revolução chinesa.
Em 1956, ano da consolidação do revisionismo kruschovista, o “cavaleiro da esperança”, Luís Carlos Prestes, mostrou-se um “cavaleiro do oportunismo”, agente do recente social-imperialismo soviético até o fim de sua vida, mostrando-se hostil a Stalin e sempre apoiando a linha revisionista desde Kruschov até os tempos de Gorbatchov.
A luta no seio do Partido Comunista do Brasil levou à cisão entre duas facções em 1962, uma chamada Partido Comunista Brasileiro, que era apoiadora do revisionismo soviético, e outra facção, intitulada Partido Comunista do Brasil, que apoiava o anti-revisionismo na época liderado pela China.
Apesar disso, o PCdoB ainda herdou alguns desvios oportunistas, vindos desde os tempos do PCB, o que se mostrou claro nas idéias de João Amazonas anos mais tarde. No início, por incrível que pareça, o partido tentou buscar apoio com a URSS, mas esta já estava comprometida com o PCB, depois tentou com Cuba, mas Cuba também já tinha compromisso com as ligas camponesas, então, restou a China, e o PCdoB adotou o maoísmo formalmente de modo dogmático, sem compreendê-lo exatamente, pois, se tivesse havido uma compreensão clara, o partido jamais abandonaria o maoísmo, como fez em 1977. Então, a história de um partido maoísta convicto era mais invenção dos milicos, que falavam de um partido subversivo que seguia a linha “cubano-chinesa”.
Apesar do heroísmo da guerrilha do Araguaia, a guerrilha infelizmente não alcançou seus objetivos e a maioria de seus integrantes perdeu a vida, uma guerrilha que contava com mais ou menos 100 combatentes, contra 10 ou 20 mil soldados do exército reacionário.
Essa é a correta análise feita pelo camarada Pedro Pomar em 1976 a respeito da guerrilha:

“Apesar dessas constatações e da derrota sofrida, o camarada J dá como aceita a concepção que prevaleceu na luta do Araguaia. Pondera que devemos continuar trilhando-a. Sinceramente, discordo dessa opinião. Certamente, como já disse, a experiência do Araguaia tem aspectos de valor que devem ser sistematizados e aproveitados. O espírito de luta, heroísmo mesmo, o esforço para adaptar-se às condições do meio, a capacidade de resistência, precisam ser salientados e devidamente estimados; servem como exemplo. Nosso Partido sempre se orgulhará dessa luta; do sacrifício dos camaradas que lá tombaram, tentando abrir caminho para a vitória de nossa causa. Mas para determinar a validade de uma experiência isso apenas não basta. O fundamental, no caso concreto e como já ficou esclarecido em documentos relacionados com a guerra de guerrilhas, é a sobrevivência e o desenvolvimento da mesma. E isto depende antes de tudo da incorporação das massas à guerrilha, de estas fazerem sua a causa - a bandeira levantada pelos guerrilheiros. Nessa determinação devemos contar, naturalmente, com erros, com fracassos, com perdas terríveis. Em certa medida, as derrotas e os erros serão inevitáveis; mas poderemos sem dificuldades avaliar seu resultado político (e/ou sua sobrevivência) pelo nível de incorporação das massas, por seu apoio ativo à luta guerrilheira. Ora, exatamente é com essa dificuldade que nos deparamos ao tratar da experiência do Araguaia. O número de elementos de massas ganho para a guerrilha foi insignificante, principalmente se considerarmos como um êxito formidável o tempo de duração da luta armada. Mesmo assim, não se soube trabalhar com esses elementos. Também a atividade política dos núcleos da ULDP não é esclarecida. Tudo leva a crer que a guerrilha se iniciou como um corpo a corpo dos comunistas contra as tropas da ditadura militar. E assim continuou quase todo o tempo. Aí reside, a meu ver, o maior erro, o mais negativo da experiência do Araguaia. Pois a conquista política das massas não pode ser efetuada só depois da formação do grupo guerrilheiro. Tampouco este deve ser constituído única e exclusivamente, mesmo que seja apenas no princípio, de comunistas. E não se diga que a orientação contida nos documentos e resoluções do Partido não seja cristalina a respeito. Tanto pela letra, como pelo espírito, os documentos partidários essencialmente dirigidos contra as teses pequeno-burguesas e foquistas, indicam, sem margem de dúvida, que:

1 a guerra popular é uma guerra de massas;


2a guerrilha é uma forma de luta de massas;


3para iniciá-la, 'mesmo que a situação esteja madura, impõe-se que os combatentes tenham forjado sólidos vínculos com as massas';

4 a preparação 'pressupõe o trabalho político de massas';


5os três aspectos — trabalho político de massas, construção do Partido e luta armada — são inseparáveis na guerra popular;

6 o Partido, isto é, o político, é o predominante desses aspectos;


7numa palavra, o trabalho militar é tarefa de todos os comunistas e não apenas de especialistas.

A experiência contrariou frontalmente essa orientação sobre a guerra popular. Sob o fundamento de que nas atuais condições brasileiras é impossível criar a base política antes de se forjar e acionar o dispositivo militar, o braço armado do povo; alegando-se impossibilidade de ganhar elementos de massa para a guerrilha antes de deflagrar a luta armada e que, portanto, o núcleo guerrilheiro deve ser organizado de início só com comunistas, enveredou-se pelo caminho que levou aos resultados que estamos discutindo. A vida, porém, encarregou-se de mostrar que esse tipo de preparação, assim como a organização de grupos guerrilheiros só de comunistas, não permitirão sua sobrevivência nem seu desenvolvimento. Por mais conspirativa que venha a ser a preparação, o inimigo poderá descobri-la "antes da criança nascer"; por mais heroicamente que se comportem os combatentes comunistas, se estiverem isolados das massas, sem seu apoio ativo, serão batidos; e por mais eficiente que seja a direção militar, com tal concepção será derrotada. Por isso, a orientação seguida no Araguaia tem de ser modificada em suas linhas essenciais.

Ao invés de se considerar que só será viável o trabalho de preparação à base dessa concepção, o certo é primeiro realizar o trabalho político, procurar, através de uma ação planificada, cuidadosa, paciente, clandestina, e tendo em conta o movimento camponês real, criar a base de massas necessária para desencadear a luta. Afirmar que esse trabalho, no momento atual, por causa do aumento de vigilância do inimigo, não é possível, me parece falso. Seria o mesmo que concluir ser o trabalho de massas em geral, bem como a construção do Partido, sob as condições da ditadura militar-fascista, também impraticável. Mas esta conclusão ninguém a aceita entre nós, por absurda.

Julgo este ponto de vista, acusado de dogmático, o único capaz de corresponder à realidade atual e aos princípios da guerra popular, quer na concepção, quer no método".

Apesar de uma análise diferente, o camarada Ângelo Arroyo também ressaltou sobre a importância da continuação da guerra popular, infelizmente, estes dois heróis acabaram mortos durante uma fuzilaria na Lapa em dezembro de 1976, o vazio deixado, principalmente pelo camarada Pomar acabou deixando brechas para João Amazonas consolidar a sua posição reformista, e levar o Partido Comunista à atual marmita democrático-burguesa.
João Amazonas começou o processo de degeneração que levou anos, mas que conseguiu “menchevizar” o partido. Começou em 1977 com a negação da guerra popular e do maoísmo, aliando-se ao sectarismo albanês de Hoxha e Ramiz Alia. Ao final dos anos 70 e até fins dos anos 80, João Amazonas mostrou ser um excelente papagaio das palavras sectárias e dogmáticas de Enver hxoha, João Amazonas fazia críticas toscas à Mao, ao grupo dos 4 e ao fascista Deng Xiaoping, no início dos anos 90, João Amazonas passaria a ser bajulador de Deng e do revisionismo chinês.
Da negação do maoísmo, passou para a negação do hoxhaísmo quando o Partido do Trabalho da Albânia entrou em derrocada, depois passando à negação de Stalin.
O PCdoB atual não passa de um partido democrático-burguês, eleitoreiro, com um projeto de “socialismo-democrático” bem fora do modelo idealizado pelos mestres (Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao Tsé Tung). Um partido que reúne troskos, anarquistas, social-democratas, hoxhaístas, social-liberais... Agrada gregos e troianos, menos os comunistas. Ou seja, reúne atualmente toda a corja disposta enganar e saquear o povo, sob uma linha típica da IIª Internacional pelega.
Precisamos reorganizar o PC no Brasil, não dispomos de um partido de vanguarda, senão apenas oportunistas e entulhos pequeno-burgueses como PSOL, PCB, PPL, PSTU, PCO, PCR, PT, PCML, PT, PCdoB...
Precisamos de um partido que organize operários, camponeses, e demais setores que aspiram progresso no Brasil, um partido que seja forjado em lutas, sob o LUMINOSO CAMINHO DO MARXISMO-LENINISMO, que nos guie até vitória final num CAMINHO VERMELHO até o comunismo.

NÃO VOTAR!!! VIVA A REVOLUÇÃO!!!

ABAIXO AO CRETINISMO PARLAMENTAR!!! VIVA O MAOÍSMO!!!

GUERRA POPULAR ATÉ O COMUNISMO!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Tailândia, 1965

Uniforme e equipamento utilizado pelo antigo EPL da Tailândia


Em 19 de novembro de 1965 formou-se a primeira unidade de combate do Partido Comunista da Tailândia, e até abril de 1969, haviam participado em mais de mil batalhas, levando a cabo ações heróicas e construindo bases em todo o território tailandês.
Sob a luz do “pensamento Mao Tse-tung”, o Partido Comunista da Tailândia junto com o seu braço armado o Exército Popular de Libertação da Tailândia os camaradas infringiram sérias derrotas ao regime e aos norte-americanos que se encontravam estacionados naquele país durante a Guerra do Vietnã.
Devido a grande escala das ações armadas do P.C. da Tailândia, no primeiro dia do ano de 1969, foi formado do Comando Supremo do Exército de Libertação Popular da Tailândia, para tornar mais eficaz e mais organizada a luta popular tailandesa.
Em ocasião da formação do Comando Supremo do Exército de Libertação Popular da Tailândia, o jornal “A classe Operária” órgão informativo do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil publicou a seguinte matéria na edição de abril de 1969:

Da Tailândia, país situado no Sudeste da Ásia, e transformado em importante base estratégica do imperialismo norte-americano, veio a alvissareira notícia de que no dia 1º do ano de 1969 as forças revolucionárias populares haviam constituído o Comando Supremo do Exército de Libertação Popular da Tailândia.

Em proclamação e ordem-do-dia emitidas a todos os seus oficiais e soldados, o Comando Supremo do Exército de Libertação Popular da Tailândia afirma que, desde a criação da sua primeira unidade de combate, a 19 de novembro de 1965, as forças armadas populares tailandesas travaram mais de mil batalhas , aniquilaram numerosas tropas inimigas e realizaram várias ações heróicas, celebradas por toda a nação. Uma vez que as zonas de atividades guerrilheiras se estenderam por todo o território do país e as forças armadas populares estão lutando em diversos lugares, aumentando a escala dos combates e sua intensidade, foi resolvido que se estabelecesse seu comando unificado para torná-las mais eficazes e poderosas.

Criado e dirigido pelo Partido Comunista da Tailândia, o Exército de Libertação Popular surgiu das massas e goza do seu apoio, acha-se formado por combatentes de elevada consciência revolucionária e está destinado a servir de todo o coração ao povo. As principais tarefas do Exército Popular de Libertação consistem em combater, realizar o trabalho de propaganda entre as massas para organizá-las, armá-las e ajudá-las a fundar o poder revolucionário, e dedicar-se a produção.

O Exército Popular de Libertação da Tailândia aplica a política de frente única traçada pelo Partido Comunista e está pronto a cooperar com os mais diferentes agrupamentos sociais e políticos que se oponham a agressão ianque contra a sua pátria e se disponham a lutar contra o regime ditatorial fascista da camarilha traidora de Tha Non, cão-de-fila do imperialismo norte-americano. O Exército Popular de Libertação assumiu a gloriosa missão de lutar até o fim e destruir completamente os imperialistas dos Estados Unidos e seus lacaios bem como a todos os que com eles colaboram.

Em sua proclamação, o Comando Supremo do Exército Popular de Libertação concita seus oficiais e soldados a estudar e assimilar o pensamento de Mao Tse-tung que serve de guia para a sua luta, a desenvolver de todas as formas a guerra popular, a levar sua vigilância e a combater com o máximo de iniciativa possível para aniquilar e esmagar o inimigo em suas operações de “limpeza”. Concluiu chamando a todos os seus componentes “a ser resolutos, não temer qualquer sacrifício e a superar todas as dificuldades para conquistar a vitória”.

Os comunistas brasileiros consideram a justa e valorosa luta dos trabalhadores e do povo da Tailândia como parte de sua própria luta. Saúdam com entusiasmo seus êxitos e fazem votos para que obtenham novos e maiores sucessos. Com a formação do Comando Supremo do Exército de Libertação Popular da Tailândia e utilizando a estratégia e a tática de guerra popular, as forças armadas tailandesas alcançarão mais significativos triunfos e acabarão vencendo a grande causa da luta de libertação completa da Tailândia.  


Nos anos 70, o P.C. da Tailândia intensificou ataques até mesmo contra as bases da força aérea dos EUA na Tailândia.
Depois do massacre de 6 de outubro de 1976 na universidade de Thammasat ajudou a aumentar mais ainda as forças do Partido. Muitos estudantes, fazendeiros, operários, intelectuais, e membros do Partido Socialista da Tailândia, aderiram ao partido, e em 1977 estimava-se que o partido tivesse em torno de 6 a 8 mil combatentes, e cerca de 1 milhão de simpatizantes. No dia 7 de maio daquele ano, o Partido Socialista da Tailândia declarou que ia cooperar com a luta armada, e em 2 de julho declararam terem criado um front unido.
Soldados do PC da Tailândia nos anos 70.
Durante a invasão vietnamita na Kampuchea Democrática, o Partido Comunista da Tailândia tentou manter-se neutro, mas em 7 de junho de 1979 passou a apoiar a luta do Partido Comunista da Kampuchea contra a invasão vietnamita. Muitos membros do PCT e soldados do EPLT que estavam em bases no Laos foram expulsos depois de terem apoiado a luta do Khmer Vermelho.
Graças ao revisionismo do Partido Comunista da China, encabeçado pelas ratazanas de Deng Xiaoping, a rádio Voz do Povo da Tailândia que havia sido estabelecida em Hunan em 1962, encerrou suas transmissões em 11 de julho de 1979.
Em 1980, o governo lançou uma campanha de incentivo a deserção, em 1981 o Partido Socialista da Tailândia rompeu a aliança com o Partido Comunista. A maioria dos membros de saíram do P.C. da Tailândia eram elementos pequeno-burgueses, geralmente intelectuais e estudantes que não concordavam com o maoísmo.
 Depois de 1983, dois importantes membros do partido foram presos: Damri Ruangsutham, membro do politburo, e Surachai Sae Dan importante figura do partido no sudeste da Tailândia.
Uma parte dos combatentes capitulou em 1986, e outra parte seguiu lutando, mas, desde os anos 90 a mídia não registrou mais ações do Partido Comunista.
Mesmo não havendo mais notícias na mídia burguesa sobre o Partido Comunista da Tailândia, a própria mídia declara desconhecer o que aconteceu com os combatentes depois do início dos anos 90, dá-se a entender de forma indireta que ou os camaradas se dispersaram, ou ainda continuam na clandestinidade, mas, de qualquer forma, o ressurgimento do P.C.T. não é algo impossível em vista da crise econômica mundial e do governo fascista da Tailândia, a luta de classes na Tailândia ainda continua, mas somente com um Partido Comunista os guiando em uma guerra popular é que os trabalhadores tailandeses poderão se ver livres dos males do capitalismo.

Homenagem feita no interior do Tailândia aos ex-combatentes do EPLT.

"Lutar, fracassar, voltar a lutar, fracassar de novo, voltar outra vez a lutar, e assim até a vitória: Esta é a lógica do povo, e jamais marchará contra ela".

                                                                                                           Presidente Mao

VIVA A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!

VIVA A HERÓICA LUTA DO PARTIDO COMUNISTA DA TAILÂNDIA!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Partido Capitalista do Brasil e Partido Capitalista Brasileiro




É assim que deveriam ser chamados os partidos que adotam a sigla PCB e PCdoB, que aliás, não são partidos do povo, e sim um aglomerado de pseudo revolucionários, democratas burgueses e todo o tipo de oportunistas.
Apesar dos dois terem rinchas, um defender o governo federal genocida (PCdoB), e o outro bancar o revolucionário domesticado (PCB), ideologicamente são semelhantes: se dizem marxistas-leninistas, defendem o oportunista Luís Carlos Prestes, defendem o oportunismo do P.C. de Cuba, os revisionistas das FARC (que as vezes chegam a enviar saudações aos oportunistas do PCdoB).
Somente sob a luz do maoísmo nas luminosas trincheiras de combate poderemos alcançar o socialismo e o comunismo!
Ivan Pinheiro, que foi candidato à presidente pelo PCB em 2010 é mais um “mano” defensor das “DORGAS”, isso sem contar a ligação que o PCB tem com diversos partidos oportunistas pelo mundo, desde o Partido Comunista Peruano participante do governo do genocida Ollanta Humala até os oportunistas do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).
Há tanta coisa para se comentar a respeito desses dois “irmãos briguentos”, principalmente no quando se trata em explicar o motivo que levou o antigo Partido Comunista do Brasil a cisão em 1962.
Em uma entrevista realizada com o jornalista Sidney Resende em 1988, o “cavaleiro do oportunismo” (assim que deveria se chamar ao finado Luís Carlos Prestes), fez a seguinte declaração a respeito de Stalin:

“Voltando à União Soviética, os sucessores de Lênin não conheciam essa realidade, e erraram muito. Esses erros é que estão sendo corrigidos agora pela Perestroika, que está substituindo tudo de falso que foi feito por Stalin e seus sucessores. Stalin, através da violência e do arbítrio, matando muita gente, como diz o camarada Gorbatchev, crimes imperdoáveis”.

E mais à frente, em uma única resposta, ele consegue oscilar desde o dogmatismo até o liberalismo, ou seja, dá para perceber o seu caráter vacilante:

“Não. Houve uma concepção muito falsa de Stalin e de outros dirigentes soviéticos sobre dialética. E alguns comunistas no Brasil cometeram muito esse erro. Havia companheiros aqui que ficavam indignados porque a União Soviética estava fabricando Coca-Cola. Comprou a licença e está fabricando porque a juventude soviética gosta de Coca-Cola, e o turista que visita o país também. A dialética não é assim. O socialismo não é a negação completa do capitalismo. É a superação. É eliminar o mau e aceitar o bom. Toda sociedade, todo o passado histórico, toda humanidade acumulou riquezas, que são utilizadas pelo socialismo. Por que não? Então, essa negação total é que estava errada”.

Mas, isso são águas passadas, mais de 22 anos se passaram, e vejamos agora as “pérolas” que podemos encontrar no atual site do PCB...
Em uma nota oficial do Coletivo União Comunista datado de 13 de março de 2010, há uma postagem com seguinte título: POR QUE ADERIMOS AO PCB.
Eis o que diz nos primeiros parágrafos da publicação:

“Nosso Coletivo se formou com base na disposição de alguns militantes, em sua maioria rompidos com o PSTU no final dos anos noventa, de resistir ao processo de institucionalização e de capitulação ao regime democrático-burguês das organizações de esquerda no Brasil. Combinada com essa disposição, estava a intenção de batalhar pelo reagrupamento dos revolucionários, necessidade vital ante a ofensiva do capitalismo desde o desmonte da União Soviética.
Considerando as condições da conjuntura adversa, as debilidades de um punhado de militantes isolados, podemos dizer que sua trajetória rendeu alguns frutos. Nosso coletivo não se restringiu a discussões internas, manteve uma permanente ação militante, editou panfletos, boletins e até mesmo um jornal regular, O Proletário. Além disso, orientou seus membros no sentido de se estruturar e se organizar junto a nossa classe, animando suas atividades sindicais e culturais.
A consciência de que nosso caminho não deveria ser o de construir mais uma seita de esquerda, atrelada a um "messias do marxismo", detentor de todas as respostas, nos levou desde o começo a nos reconhecer enquanto marxistas militantes, portando, comunistas. Reconhecemos e partimos das elaborações e aportes dos nossos dirigentes históricos: Marx, Engels, Lênin, Trotski, Gramsci e Rosa Luxemburgo. Procurando nos afastar, corretamente, dos exclusivismos sectários e reducionistas”.

Como se pode ver, o PCB é eclético quando as ideologias, aceita revisionistas de todo o tipo, desde “marxistas-leninistas anti-Stalin” até trotskistas, e outros seguidores de teses revisionistas, oriundas de Gramsci e Rosa Luxemburg.
Existem mais pérolas publicadas no site do PCB, eis aqui uma em que “o sujo fala do mal-lavado”, uma publicação onde o PCB denuncia o coro que o deputado do PCdoB, Aldo Rebelo fez com o fascista Jair Bolsonaro ao votarem contra lei de revisão da anistia, que visa punir os antigos participantes do regime militar fascista brasileiro, que durou cerca de 21 anos (1964-1985).
Nesse informe, publicado em outubro de 2011, resolveram fazer uma análise sobre a Guerrilha do Araguaia e sobre a linha maoísta adotada pelo antigo PCdoB nos tempos da guerra popular, veja só o festival de bobagens:

“Temos, no PCB, muitas divergências com o PCdoB, fundado em 18 de fevereiro de 1962, inclusive em relação à Guerrilha do Araguaia, que consideramos um grande erro por tentar transpor mecanicamente para o Brasil uma forma de luta que foi adequada à realidade chinesa, uma receita de revolução do campo para a cidade, quando a classe operária urbana já tinha importante protagonismo em nosso país, acentuando a contradição entre o capital e o trabalho.  Mas os heróis do Araguaia merecem a homenagem do PCB. Eram verdadeiros COMUNISTAS”.

Afinal de contas, eram comunistas ou mecanicistas que negavam o papel dos operários brasileiros dos anos 60???

Daí vem aquele famoso bordão “o maoísmo só é aplicável para a realidade chinesa”. Dá pra ver que o pessoal do PCB nunca compreendeu os princípios do maoísmo, e nem mesmo sabe da sua universalidade e parecem ignorar a sua exitosa aplicação nas guerras populares e nos governos de nova democracia dos nossos irmãos peruanos, que desde 1980 assumiram o papel de vanguarda das revoluções. Parecem ignorar os camaradas da Índia, Turquia, Curdistão, Iraque, Afeganistão, e tantos outros, mas quando se trata dos revisionistas cubanos, e do regime democrata-burguês da Venezuela, eles parecem prestar bem a atenção...

Foi dito muita coisa sobre o PCB, sendo que nem precisaria, afinal só o fato de serem eleitoreiros já é a amostra de uma atitude deplorável entre aqueles que se declaram “marxistas”. Mas tem também o PCdoB, outro amontoado de aberrações políticas que serve de capanga do governo burguês e de capacho de partidos revisionistas como o P.T. da Coréia, P.C. de Cuba, Vietnã e da China.
O PCdoB atual é muito, mas muito diferente do PCdoB dos tempos do Araguaia, época em que sustentavam a revolução proletária e pensamento Mao Tse-tung (assim se chamava o maoísmo nos anos 60), mas de 1976 em diante o partido sob o comando do oportunista João Amazonas passou a negar a revolução proletária no Brasil e o maoísmo, enveredando para o revisionismo albanês de Enver Hoxha e Ramiz Alia e pela via eleitoreira. Na verdade o que sobrou de comunista neste partido foi apenas a consigna.

Eis aqui uma das diversas maravilhas ditas por João Amazonas no começo dos anos 80 em um informe sobre a infiltração trotskista dentro do PT:

“Mas no PT há setores sadios, sindicalistas sinceros, democratas conseqüentes, trabalhadores combativos. Formam, aliás, a parte principal dos que fundaram e sustentam o Partido dos Trabalhadores”.

Como se sabe, o PT jamais foi um partido proletário, nem um partido combativo, sempre foi um amontoado de lixo ideológico pequeno-burguês, e trade-unionista. Logo, onde há lixo ideológico há social-democratas e trotskistas, coisa que o PT sempre abrigou, desde a sua fundação em 1979-80. Desde seu histórico presidente, Luís Inácio Lula da Silva sempre se mostrou um oportunista, apesar de se dizer socialista nos 80, era apoiador do contra-revolucionário polonês Lech Walesa.
Dois reacionários: o democrata-burguês Lula, e o agente da CIA, Lech Walesa.
Para a turma do PCdoB, tanto João Amazonas como Luís Carlos Prestes são personagens importantes na luta dos “comunistas”, isso está bem claro na propaganda eleitoral do PCdoB.
O atual programa político do PCdoB não visa a tomada de poder, mas, visa alcançar o socialismo através de reformas políticas e sociais fazendo alianças com partidos pseudo-marxistas e de extrema direita.
No vocabulário do partido parece não existir as palavras “ditadura do proletariado”, mas, existe a palavra “socialismo por vias democráticas”, e existe o chavão “com Lula e Dilma para o Brasil seguir mudando”.
Além da linha de João Amazonas ter dado os moldes do que é o PCdoB atualmente, não bastou João Amazonas ser eleitoreiro, ele também tinha que ser anti-maoísta, como mostra essa frase retirada de um artigo intitulado “Acontecimento Histórico: o 7º Congresso da Internacional Comunista” publicado na revista Princípios nº 11, de agosto de 1985:

“Os revisionistas, os maoístas, titistas, os euro-comunistas, os doutrinadores de “esquerda” manifestam sérias incompreensões quanto ao conteúdo do documento básico do Congresso, refutam-no a partir de posições de direita ou de “esquerda”, interpretando-o de um ponto de vista falso”.

O Congresso referido neste trecho é o congresso VII Congresso da Internacional Comunista realizado em agosto de 1935, aonde o camarada George Dmitrov publicou no informe “Ao VII congresso da Internacional Comunista” sobre a formação do frente único da classe operária contra o fascismo.
Mas João Amazonas falam que os maoístas não compreendem e até refutam esse documento, pura mentira, ou por acaso, não foi o Partido Comunista da China sob a liderança do presidente Mao quem liderou a frente única nacional antijaponesa nos anos 30? Por acaso não foi essa frente responsável por unir todas as classes da China inclusive os reacionários do Kuomintang na luta contra os invasores japoneses a partir de 1936? A resposta é sim, então, de onde surgiu a idéia de que os maoístas “manifestam sérias incompreensões quanto ao conteúdo do documento básico do Congresso” ?

Recentemente, na propaganda política do PCdoB, contava-se um pouco a história do partido, e falava de Maurício Grabois, João Amazonas e Luís Carlos Prestes.
Quem bolou essa propaganda provavelmente além de ser muito oportunista não conhecia o Luís Carlos Prestes agente do social-imperialismo soviético, e muito pior, fazia coro com a ditadura militar até 1968, como foi denunciado no jornal do antigo PCdoB,  A Classe Operária, em abril de 1969, e também não conhecia o passado de Maurício Grabois morto em 1973, que apesar de ser do PCdoB era anti-maoísta e “denunciou os excessos” da Grande Revolução Cultural Proletária.

Isso tudo sem esquecer o maior reboliço que deu com o ex-ministro do esporte Orlando Silva que é do PCdoB metido com mutretas de ONG’s, acabou sendo destituído do ministério e sendo substituído por Aldo Rebelo, outro comparsa do PCdoB.
Aqui tem um trecho retirado de um artigo publicado no jornal A Nova Democracia, que mostra de modo mais detalhado o esquema de corrupção de Orlando Silva e seus comparsas:

“A corrupção generalizada que permeia a ação entre amigos dos contratos firmados entre o Ministério do Esporte, chefiado pelo pecedobê, e ONGs comandadas por gente ligada a esse mesmo partido, conduziu à queda do 'superministro' Orlando Silva.  Ele é o sexto ministro a deixar o gerenciamento Roussef pela porta dos fundos após denúncias de corrupção”.

“As primeiras denúncias contra o então ministro foram veiculadas pelo monopólio das comunicações. O policial militar João Dias Ferreira, ex-militante do pecedobê de Orlando Silva, o acusou de receber uma bolada em dinheiro vivo na garagem do Ministério do Esporte, no fim de 2008. Esse dinheiro seria para o programa 'Segundo Tempo', que destina verbas à ONGs. O ministro receberia, segundo afirmou João Dias, uma comissão de 20% sobre essas verbas do dito programa, o que teria rendido aproximadamente R$ 40 milhões ao longo de oito anos. Encontra-se metido no mesmo puçá o ex-ministro do esporte e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que era do pecedobê e agora está no PT”.

“Novas denúncias seguiram envolvendo a esposa do ministro, Cristina Lemos Petta, ligada a uma ONG dirigida pelo pecedobê, atingindo também o seu cunhado, Gustavo Petta, ex-dirigente da UNE, que foi exonerado do cargo de Secretário dos Esportes de Campinas, São Paulo, após as denúncias contra o ex-ministro do esporte”.

“Orlando Silva foi duas vezes ao Congresso tentar se explicar. Tentou desqualificar seu denunciante. Ele chegou mesmo a acreditar que resistiria em seu cargo. Até o dia 22 de outubro, denúncias apontavam 15 pessoas ligadas ao Ministério do Esporte — lista encabeçada pelo próprio ministro — envolvidas no esquema de corrupção. Além dos contratos milionários com ONGs travestidas de projetos de cunho esportivo, Orlando Silva tornou-se proprietário, em 2010, de um terreno de 90 mil m² em Campinas, adquirido à vista”.



Camaradas que estão se levantando!
Pra papar voto e cargos no governo genocida esses crápulas são ligeiros, mas para travarem luta ideológica, são um “zero a esquerda”, mas que luta poderão travar esses anti-leninistas? Só uma luta por cargos no governo.

Esse amontoado de crápulas não são comunistas, seja PCB, PCdoB, PCML, PCR... O Partido Comunista do Brasil precisa ser reorganizado sob a luz guia do maoísmo, conduzindo as massas em guerra popular contra o imperialismo e contra o governo reacionário.
Como já dizia o presidente Mao: “voltaremos entre risos e cantos triunfais, nada é impossível neste mundo”, então, o Partido Comunista deve ser reorganizado, tendo como guia o maoísmo, e guiar as massas rumo a ditadura do proletariado nas luminosas trincheiras de combate.
Amontoado da burguesia

VIVA A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!

ABAIXO O REVISIONISMO! VIVA O MAOÍSMO!

RECONSTITUIR O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Viva ao glorioso Exército Vermelho e ao timoneiro Stalin!!!




Foi num dia 6 de novembro de 1943 que o glorioso exército vermelho libertou Kiev, capital da Ucrânia.
Dizem os historiadores reacionários sempre à serviço da casa branca, que sobre o comando de Stalin, realizou-se um genocídio contra o povo ucraniano em 1933, o que provou ser uma grande mentira, já que as fotos utilizadas para comprovar “tal genocídio” ou eram fotografias dos anos 20 tiradas durante a guerra civil na Rússia, ou eram fotos de cidadãos norte-americanos castigados pela crise capitalista de 1929-1933.
E os “valentes soldados alemães” tão elogiados pelos historiadores burgueses por sua “bravura” esses sim eram os verdadeiros carniceiros e genocidas na Europa, foram eles responsáveis por massacres contra judeus, eslavos, comunistas e até contra oficiais poloneses em Katyn.
Quando as tropas nazistas estavam na Ucrânia, eles organizaram uma divisão da SS, essa divisão lutou contra os soviéticos até 1953, sendo financiada após a guerra pela CIA e até recebeu apoio dos trotskistas. A mídia diz que os ucranianos sentiam ódio de Stalin, farsa né, pois durante toda a segunda guerra havia cerca de 500 mil partisans lutando contra os invasores fascistas na Ucrânia.
Soldados soviéticos exibem capacetes e uma bandeira capturada dos nazistas
Não bastasse toda essa verborréia, ainda apareceu outra que ficou muito famosa, a que diz que Stalin era um péssimo comandante, que tomava as decisões de modo autoritário, essa verborréia declarada pelo traidor Kruschov teve eco no mundo capitalista, mas então quer dizer o que o exército vermelho venceu a guerra tendo alguém que além de não entender sobre a guerra, não aceitava conselhos dos demais oficiais?
Então como é que o Exército Vermelho triunfou?
Mentiras vão e mentiras vem, em 1941 Stalin estava na direção do Comitê do Estado para Defesa. Vejamos o que declarou Vassilevski que na época era adjunto do marechal Jukov:

“Para a preparação de tal ou qual decisão de ordem operacional ou o exame de outros problemas importantes, Stalin fazia virem personalidades responsáveis, trazendo um relatório direto com a questão examinada. (...) O comandante supremo convocava periodicamente alguns membros da Stavka que comandavam as tropas e membros dos conselhos militares das frentes, para preparação, o exame ou a aprovação de tal ou qual decisão. (...) O esboço preliminar de uma decisão estratégica e de seu plano de execução era elaborado em um círculo estreito de participantes, habitualmente membros do birô político e do Comitê do Estado para a defesa. (...) Esse trabalho exigia geralmente vários dias, durante os quais Stalin mantinha ordinariamente entrevistas, para receber as informações e conselhos necessários com os comandantes e membros dos conselhos militares das Frentes”. 

E vejamos o que diz o marechal Jukov, sem dúvida um marechal que nem a burguesia ousa a atacar:

“Foi a Josef Stalin em pessoa que foram atribuídas soluções de princípio, em particular aquelas concernentes aos processos de ataque da artilharia, a conquista do domínio aéreo, os métodos de cerco do inimigo, o deslocamento dos contingentes inimigos cercados e sua destruição sucessiva por agrupamentos etc. Todas essas questões importantes da arte militar são frutos de uma experiência prática, adquirida no curso dos combates e das batalhas, fruto de reflexões aprofundadas e conclusões tiradas dessa experiência pelo conjunto dos chefes e pelas próprias tropas. Mas o mérito de J. Stalin consiste em ter acolhido de modo adequado os conselhos de nossos eminentes especialistas militares, de os ter completado, explorado e comunicado rapidamente sob a forma de princípios gerais nas instruções e diretivas dirigidas às tropas, com vistas a assegurar a conduta prática das operações”.
“Até a batalha de Stalingrado, J. Stalin não dominava senão em suas grandes linhas os problemas da estratégia, da arte operacional, da posta à prova das operações modernas, no nível de uma frente, e no último caso, aquelas de um exército. Mais tarde, sobretudo a partir de Stalingrado, J. Stalin adquiriu a fundo a arte de montar as operações de uma frente ou de várias frentes e dirigiu tais operações com competência, resolvendo bem vários problemas de estratégia”.
“Na direção da luta armada, J. Stalin era de modo geral ajudado por sua inteligência natural e sua riqueza de intuição. Ele sabia descobrir o elemento principal de uma situação estratégica e, em conseqüência, sabia responder ao inimigo, desencadear tal ou qual importante operação ofensiva”.
“Não há dúvida: ele foi digno do comando supremo”.

A destruição da imagem do grandioso Stalin não interessa aos comunistas, mas interessa aos nazistas, interessa aos imperialistas e a toda a casta de reacionários no mundo. Mesmo eles tentando tampar o sol com a peneira, a verdade sempre prevalecerá ao lado do justo, ao lado dos comunistas, ao lado Stalin...

sábado, 5 de novembro de 2011

Defender o maoísmo!!!

Desafios do século XXI


Esse título faz lembrar aqueles textos escritos por reformistas social-liberais, que usam a desculpa de “estarmos no século vinte e um” para poder negar a tese marxista da luta armada como caminho para o comunismo, fazerem odes ao cretinismo parlamentar, e jogarem ao chão os ensinamentos de Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao Tse-Tung e presidente Gonzalo.
Essa corja reformista faz odes à governos reacionários como os da Bolívia, Equador, e Venezuela, tentam fazer acreditar que estes países são socialistas, que vivem o “socialismo do século XXI”, que não passa de um radicalismo domesticado pela burguesia, ou um “socialismo burguês” dotado de uma dialética pobre e um mecanicismo incrível.
Esse socialismo é geralmente sustentado pela corja social-democrata, pelos troskos e demais elementos pequeno-burgueses, eis aí a turma que pisa no leninismo e levanta bem alto as teses dos renegados Bernstein, Kautski, e Trotski.
Na verdade esse “socialismo do século XXI” não é tão moderno assim, sua cretina base teórica remonta desde o século XIX, desde os tempos de Marx e Engels.
Lênin também se deparou com essa corja (mencheviques) e esmagou as suas teorias errôneas durante os primeiros anos do século XX.
Teses como a “esquerda unida”, socialismo através de eleições, pacifismo, abandono da subversão, são típicos argumentos desses “socialistas modernos” teses que foram golpeadas pela revolução de 1917.
Devemos esmagar o revisionismo, aplicar o marxismo-leninismo-maoísmo, e erguer bem alto a bandeira da revolução proletária como único meio de derrotar as forças retrógradas da sociedade. Não devemos dar atenção à intrigas lançadas por eles (os tais socialistas modernos) que constituem parte das forças retrógradas, devemos avançar, combatendo-os, e desenvolver-nos mais e mais no campo político e militar.